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Polícia

Secretário: Presos de Altamira quebraram algemas plásticas

Sistema de monitoramento do caminhão-cela tinha falha de sinal; quatro foram mortos durante transferência para Belém

31 jul 2019 - 23h19
(atualizado às 23h24)
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Quatro presos que estariam envolvidos no massacre do Centro de Recuperação Regional de Altamira, no sudoeste do Pará, foram mortos por sufocamento dentro do caminhão-cela na noite de terça-feira, 30, durante a transferência para Belém. 

Segundo o secretário de Estado de Segurança Pública, Ualame Machado, os presos estavam com algemas plásticas divididos em quatro celas. "Quem está na boleia (do caminhão), dirigindo ou acompanhando, não consegue ouvir gritos na carroceria", disse.

Escavadeira cava covas no Cemitério São Sebastião, em Altamira, no sudoeste do Pará, nesta quarta-feira, 31, destinadas às vítimas do massacre do Centro de Recuperação Regional de Altamira
Escavadeira cava covas no Cemitério São Sebastião, em Altamira, no sudoeste do Pará, nesta quarta-feira, 31, destinadas às vítimas do massacre do Centro de Recuperação Regional de Altamira
Foto: Daniel Teixeira / Estadão

O caminhão, segundo Machado, tem um sistema de monitoramento por câmeras, mas há falhas no sinal das imagens em alguns trechos sem asfaltamento da estrada. As mortes foram à noite, no caminho entre as cidades de Novo Repartimento e Marabá. A perícia concluiu que os presos foram mortos por asfixia mecânica. 

Trinta presos estavam no veículo e todos haviam sido removidos de Altamira por suposta participação no ataque da facção Comando Classe A (CCA)  contra rivais do Comando Vermelho (CV). Conforme investigadores, os quatro mortos são da CCA. Dois - Dhenison Ferreira e José Ítalo Meireles - tinham várias passagens por homicídios. Os outros são Valdenildo Mendes e Werik Lima. 

Para o delegado-geral Alberto Teixeira, não há dúvida de que os detentos foram mortos dentro do caminhão. "Eles estavam com uma amarra que, no conjunto de forças, é capaz de quebrar. Coisa que não se pode prever, quando se tem um grupo que em tese não tem ambição de matar quem quer que seja." 

Pelo menos 9 presos, que foram identificados com as algemas quebradas, estão envolvidos no crime, segundo Teixeira. Os detentos estão na seccional de Marabá e deverão ser submetidos a audiência de custódia nesta quinta-feira, 1º. 

Estadão
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