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Polícia

Procurado pela Interpol e PF, André do Rap completa 3 anos foragido

Considerado um dos chefes do PCC e condenado a 25 anos de prisão, o traficante deixou prisão em 2020 após decisão polêmica do STF

6 out 2023 - 13h21
(atualizado às 13h54)
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André de Oliveira Macedo, o André do Rap, acusado de chefiar o tráfico de drogas internacional do PCC no porto de Santos
André de Oliveira Macedo, o André do Rap, acusado de chefiar o tráfico de drogas internacional do PCC no porto de Santos
Foto: Divulgação/PF Santos / Estadão

O traficante André do Rap completa na próxima terça-feira, 10, 3 anos como foragido da Justiça. Em 10 de outubro de 2020, ele foi libertado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que no mesmo dia revogou a decisão e ordenou seu retorno imediato à prisão.

No entanto, André do Rap não obedeceu à ordem e escapou. Ele é considerado pelas autoridades como um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Além disso, o criminoso já foi condenado pela Justiça a 25 anos de prisão em regime fechado por tráfico de drogas, tanto internacional quanto nacional.

Desde então, o traficante tornou-se alvo de busca por parte da Interpol, da Polícia Federal e da Polícia Civil de São Paulo. Sua foto e nome figuram na lista dos criminosos mais procurados do mundo, do Brasil e do estado de São Paulo.

As forças de segurança chegaram a  verificar mais de 20 endereços em 10 cidades, tanto no Brasil quanto no exterior, na tentativa de localizá-ló. Entretanto, ele permanece foragido.

Decisão polêmica no STF

Condenado à prisão por tráfico internacional de drogas, André do Rap está foragido desde 10 de outubro de 2020, quando foi liberado da prisão após uma decisão do ministro Marco Aurélio Mello do Supremo Tribunal Federal.

Atualmente aposentado, Mello concedeu a liberdade provisória a André do Rap após atender o pedido da defesa do traficante, que argumentava que o cliente estava detido desde setembro de 2019 sem uma sentença condenatória definitiva. 

O traficante havia sido preso pela polícia de São Paulo no Rio de Janeiro sob suspeita de envolvimento no envio de cocaína da quadrilha para a Europa.

No entanto, algumas horas depois, o ministro Luiz Fux, na época presidente do STF, anulou a decisão liminar de Mello e ordenou que André do Rap fosse recapturado. O magistrado argumentou que não era apropriado soltar um criminoso que já havia fugido anteriormente.

O traficante já havia deixado a Penitenciária de Presidente Venceslau, no interior paulista, de forma legal. Entretanto, ao invés de retornar à prisão com a derrubada do habeas corpus, o traficante acabou fugindo.

Bens milionários 

Levantamento feito pelo Terra, mostra que existem 3 mandados de prisão contra André do Rap. Dois desses mandados foram emitidos pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) e pela 5ª Vara Federal de Santos. O traficante também enfrenta um processo por lavagem de dinheiro na 3ª Câmara Criminal do Rio de Janeiro.

Em abril deste ano, a Justiça ordenou a devolução de diversos ativos ao criminoso, incluindo um helicóptero avaliado em R$ 7,2 milhões, uma embarcação no valor de R$ 5,2 milhões, 2 luxuosos imóveis em Angra dos Reis, um automóvel Porsche, 4 jet-skis, 4 computadores e 33 aparelhos de telefone celular.

Os bens haviam sido apreendidos e bloqueados durante sua prisão em setembro de 2019, em uma das mansões localizada na costa verde fluminense. No entanto, a 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça considerou que houve irregularidades na ação dos policiais civis de São Paulo que o prenderam.

Procurada pelo Terra, os advogados de André do Rap não retornaram os contatos até o fechamento da reportagem.

Fonte: Redação Terra
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