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Polícia

Professora amarra alunos com fita adesiva em Manaus

Polícia abriu inquérito para apurar a denúncia; Será marcada uma audiência com a professora e os pais das crianças para o próximo dia 10 e, a partir dos depoimentos, outras providências serão tomadas

6 nov 2014 - 18h16
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<p>Professora foi denunciada&nbsp;pelos pr&oacute;prios alunos, que garantem terem sido amarrados com fita adesiva pela docente</p>
Professora foi denunciada pelos próprios alunos, que garantem terem sido amarrados com fita adesiva pela docente
Foto: Márcio Azevedo / Especial para Terra

Uma professora de uma escola municipal na zona norte de Manaus foi denunciada, pelos próprios alunos, que garantem terem sido amarrados com fita adesiva pela docente. O caso foi denunciado pelos pais dos estudantes à polícia, que abriu um inquérito para apurar a denúncia.

Segundo uma estudante de 7 anos, a professora do 2º ano do ensino fundamental da escola municipal engenheiro João Alberto Menezes Braga, que fica na comunidade Vale do Sinai, a amarrou junto à cadeira. Segundo a menina, isso aconteceu no final da manhã de quarta-feira, dentro da sala de aula. "O papel da minha colega caiu no chão e eu fui juntar. A tia me brigou e disse para eu ficar sentada, mas como me abaixei pra pegar o papel, ela amarrou meus pés com fita adesiva na cadeira", contou a criança.

Os pais da menina ficaram sabendo do fato assim que a criança chegou em casa. "Fiquei revoltada e fui direto na delegacia denunciar o caso. Isso não pode acontecer. Essa professora só pode estar louca", desabafou ao dona de casa Janiele Marinho de Araújo, de 27 anos.

Um outro aluno da mesma professora, um menino de 7 anos, também relatou os maus tratos. "Ela mandou eu ficar sentado e disse que eu era muito bagunceiro. Aí ela amarrou minha barriga com a fita e minha boca", contou a criança. Para o padrasto do garoto, o comerciante José Pereira Nascimento, de 56 anos, a professora errou ao tomar tal atitude. "Porque ela não nos chamou para dizer o que as crianças faziam de errado? O que ela não podia era fazer isso", reclamou Nascimento.

O caso foi denunciado ao 6º Distrito Integrado de Polícia (DIP), no bairro Cidade Nova, também na zona norte de Manaus. De acordo com o delegado titular do DIP, Ricardo Leite, o caso foi registrado como maus tratos. "Como envolve crianças, vamos transferir para a Delegacia Especializada em Proteção a Criança e ao Adolescente", informou o delegado.  Consultada, a delegacia especializada informou que irá marcar uma audiência com a professora e os pais das crianças para o próximo dia 10 e, a partir dos depoimentos, outras providências serão tomadas.

Na escola onde o caso  aconteceu a diretora não quis gravar entrevista. A professora denunciada, identificada apenas pelo nome de Maristela, informou, por meio da direção do colégio, que não dará entrevista. Já a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Educação (Semed) esclareceu que os pais das crianças ainda não procuraram a direção da instituição de ensino para denunciar o caso. A assessoria explica ainda que, mesmo assim, já encaminhou o problema para ser investigado no âmbito administrativo e que, se comprovada a denúncia dos alunos, "medidas cabíveis" serão tomadas pela secretaria.

Até que alguma providência seja tomada, o pai de uma das crianças disse que não deixará a filha voltar a escola. "Até essa professora não sair da escola, minha filha não volta pra lá ", garantiu o autônomo Roberval Bernardo de Araújo,  de 52 anos.

Fonte: Especial para Terra
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