Professora morre atropelada 2 meses antes de se aposentar em SC
Associação de ciclistas publicou nota de repúdio pedindo ação da Prefeitura de Florianópolis
Uma professora morreu na última quarta-feira enquanto pedalava em uma ciclofaixa em Florianópolis, Santa Catarina. Uma associação de ciclistas relatou que a morte da mulher aconteceu devido à falta de infraestrutura adequada e segura para ciclistas e fiscalização da gestão municipal.
Na última quarta-feira, 6, uma professora morreu enquanto pedalava em uma ciclofaixa em Florianópolis, Santa Catarina. Mari Simone de Medeiros tinha 51 anos e foi atingida por um caminhão na rodovia SC-406, no bairro Rio Tavares. A catarinense lecionava há 30 anos na rede municipal e planejava se aposentar em maio deste ano.
Tudo aconteceu quando Mari saiu para passear de bicicleta. Segundo a Polícia Militar, testemunhas contaram que um motorista de caminhão guincho atingiu a professora e a derrubou da bike. O impacto teria feito a vítima perder a consciência. Ao ver a situação, algumas pessoas que passavam pelo local relataram que pediram para o caminhão parar, mas sem sucesso.
O motorista, que supostamente não teria ouvido os gritos das testemunhas, avançou e atingiu Mari mais uma vez, passando em cima do corpo da vítima. A professora morreu no local. Mari de Medeiros deixa o esposo e uma filha.
A ocorrência foi atendida pelo 4º Batalhão de Polícia Militar. Segundo as autoridades, o motorista do veículo foi levado à delegacia e a Polícia Cientifica também esteve no local.
Nota de repúdio
A tragédia fez com que associações de ciclistas de Santa Catarina se posicionassem lamentando o ocorrido e cobrando maior atenção da Prefeitura de Florianópolis. Nas redes sociais, a Associação Mobilidade por Bicicleta e Modos Sustentáveis (Amobici) escreveu: "Este incidente não é apenas um acidente isolado; é um reflexo de um problema sistêmico que envolve a falta de infraestrutura adequada e segura para ciclistas".
A nota assinada em conjunto com outras organizações também alerta para a falta de fiscalização da gestão municipal nas ciclofaixas. "A morte de Mari escancara a urgência em adotar medidas concretas para garantir a segurança de todos os usuários da via", diz pronunciamento.
Por fim, a Amobici pede que a Prefeitura de Florianópolis tome medidas imediatas para melhorar a infraestrutura cicloviária da cidade. Procurada pelo Terra, a prefeitura da capital catarinense ainda não respondeu às tentativas de contato.
Leia comunicado completo: