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Polícia

Promotoria pede vídeo de agressão a gays na avenida Paulista

19 nov 2010 - 18h37
(atualizado às 18h39)
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A Promotoria de Justiça da Infância e Juventude de São Paulo requisitou nesta sexta-feira a gravação feita por câmeras de segurança de um prédio na avenida Paulista que registraram a agressão de quatro adolescentes e um adulto a três jovens, na manhã do último domingo. Os cinco foram detidos, mas liberados horas depois. As vítimas teriam sido atacadas por serem homossexuais.

Vídeo mostra momento que jovens são atacados na Av. Paulista:

O grupo agrediu um fotógrafo de 20 anos e dois estudantes, de 19 e 23 anos. Segundo o boletim policial, as agressões ocorreram em lugares e diferentes da avenida Paulista, uma das principais da cidade.

O fotógrafo e um dos estudantes, que estavam em um ponto de táxi, foram os primeiros a serem agredidos pelo grupo, segundo testemunhas. Os dois foram surpreendidos pelos cinco com socos e pontapés. O fotógrafo, cujo nome não foi divulgado, conseguiu correr e se refugiar em uma estação de metrô próxima. O outro rapaz ficou muito machucado e foi levado por policiais para o Hospital Osvaldo Cruz, onde passou a noite em observação.

Na sequência, ainda na avenida Paulista, os cinco jovens atacaram a terceira vítima, um rapaz de 23 anos, cujo nome também não foi divulgado. Um dos agressores chegou a quebrar uma lâmpada fluorescente na cabeça da vítima, que foi atendida no Hospital do Servidor Público Municipal. Após o segundo ataque e alertada pelas testemunhas, os policiais militares conseguiram deter o grupo.

As imagens captadas pelas câmaras do prédio, que foram exibidas pelas emissoras de TV, flagraram o momento em que um dos jovens é atingido por uma lâmpada fluorescente. Os cinco agressores caminhavam na mesma calçada em sentido contrário à vítima quando, sem nenhum motivo aparente, um deles ataca quebrando uma lâmpada com violência na cabeça da vítima, que não reage. Em seguida, o agressor volta a atacar, quebrando mais uma lâmpada no corpo do rapaz, que apresenta ferimentos no rosto e na cabeça.

Segundo nota divulgada pelo Ministério Público (MP), após analisar as imagens da câmara de segurança do edifício, os promotores irão adotar "medidas processuais e judiciais que o caso requer". A Polícia Civil investiga se as agressões foram motivadas por homofobia.

Agência Brasil Agência Brasil
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