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Polícia

Protesto termina em confronto com a polícia no centro de SP

6 jun 2013 - 19h39
(atualizado em 7/6/2013 às 07h16)
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Protesto 'Se a tarifa aumentar São Paulo vai parar', contra o aumento das passagens de ônibus, trens e Metrô, terminou em confronto, no início da noite desta quinta-feira, em São Paulo
Protesto 'Se a tarifa aumentar São Paulo vai parar', contra o aumento das passagens de ônibus, trens e Metrô, terminou em confronto, no início da noite desta quinta-feira, em São Paulo
Foto: Gabriela Biló / Futura Press

Um protesto contra o aumento das tarifas do transporte público em São Paulo - ônibus, trens e metrô - terminou em confronto entre manifestantes e a Polícia Militar (PM), no início da noite desta quinta-feira em São Paulo. 

Manifestantes protestam contra aumento da passagem de ônibus em SP:

De acordo com a Polícia Militar, os manifestantes fecharam a bifurcação entre as avenidas 23 de Maio e 9 de Julho, na região do Terminal Bandeira, no centro de São Paulo, por volta das 19h, interditaram as vias queimando caixotes e itens de sinalização de trânsito. 

Os manifestantes entraram no Terminal Bandeira e, de acordo com a PM, danificaram e picharam ônibus. A polícia então utilizou munições químicas, como gás lacrimogêneo, e balas de borracha. 

Manifestantes picham ônibus e arrancam grades em SP:

Segundo o grupo Movimento Passe Livre SP, que organizou o ato, o protesto reuniu 4 mil pessoas. Segundo a PM, o número é menor: 2 mil pessoas. O protesto se concentrou em frente ao Teatro Municipal, e saiu em passeata pela 23 de maio por volta das 18h. 

Sobre o viaduto Doutor Plínio de Queiroz, os manifestantes depredaram ônibus, quebrando vidros e pichando palavras de ordem nos veículos. No mesmo viaduto, as grades de proteção da pista central foram arrancadas e colocadas no meio da via para bloquear a passagem da polícia e de carros

Uma das faixas dizia: "Haddad e Alckmin, R$ 3,20 é um assalto - Revogação Já". Outro cartaz pedia transporte gratuito para a população.

"Eu fiquei sabendo pela internet e como sempre participo de manifestações, resolvi vir. É uma causa justa e acho que os governantes devem rever isso", afirmou um manifestante, que é estudante de Direito e não quis se identificar. "Em outras cidades do Brasil deu certo, agora vamos ver se acontece alguma coisa aqui também. Eu acho difícil, já que esse repasse é só para enriquecer ainda mais as empresas de ônibus. Mas nós temos que sonhar."

De acordo com o Movimento Passe Livre, a “PM reprimiu violentamente a manifestação (...) ferindo muitas pessoas”. 

Por conta do protesto, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) recomendou aos motoristas que evitassem trafegar por todo o eixo Centro-Paulista, já que o trânsito ficou lento no local. Às 19h20, a lentidão chegava a 160 quilômetros na cidade, segundo a companhia.

Após o confronto na região do Terminal Bandeira, os manifestantes se encaminharam para a avenida Paulista. O trânsito no local precisou ser interditado. 

Na avenida Paulista, os manifestantes bloquearam um dos sentidos da via e destruíram uma banca de revista. Eles seguiram em passeata em direção ao bairro Paraíso. A polícia acompanha a manifestação com helicóptero e está disparando bombas de gás lacrimogêneo. A via só foi liberada por volta das 22h.

Pelo menos outras três capitais enfrentam grandes protestos contra o aumento nas tarifas do transporte público nesta quinta-feira: Rio de Janeiro, Goiânia e Natal.

Aumento de tarifa

As tarifas de ônibus, metrô e trem da cidade de São Paulo passaram a custar R$ 3,20 no domingo. A prefeitura informou que a proposta de reajuste, de 6,67%, foi enviada em 22 de maio à Câmara de Vereadores. A tarifa anterior, de R$ 3, vigorava desde janeiro de 2011.

Segundo a administração paulista, caso fosse feito o reajuste com base na inflação acumulada no período, aferido pelo IPC/Fipe, o valor chegaria a R$ 3,40. "O reajuste abaixo da inflação é um esforço da prefeitura para não onerar em excesso os passageiros", disse em nota. A previsão é que haja pagamento de R$ 1,25 bilhão em subsídios ao sistema de ônibus em 2013.

A Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) também alegou que o reajuste é menor que a inflação no período de janeiro de 2012 a maio de 2013, que foi de 7,2%. "Ao comprar uma passagem no Metrô, o passageiro tem acesso aos 74,3 quilômetros da malha metroviária e aos 260 quilômetros da rede ferroviária da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos)", disse a empresa em nota.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou, junto com o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que o preço abaixo da previsão é um esforço feito para colaborar com o governo federal, que enfrenta dificuldades para manter a inflação no teto da meta estabelecida (6,5%).

Ele também havia declarado que o reajuste poderia ser menor caso o Congresso aprovasse a desoneração do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para as passagens de ônibus, trem e metrô. O decreto foi publicado na semana passada, mas não houve manifestação da administração municipal.

Com informações da Agência Brasil

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Fonte: Terra
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