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Polícia

‘Que a verdade seja dita’, diz pichação em casa onde ocorreu chacina

9 ago 2013 - 08h57
(atualizado às 09h09)
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<p>A casa amanheceu pichada na manhã desta sexta-feira</p>
A casa amanheceu pichada na manhã desta sexta-feira
Foto: Renato Ribeiro Silva / Futura Press

A casa da família de policiais que foi palco de uma chacina nesta semana, na zona norte da capital paulista, foi alvo de pichadores que, aparentemente, protestaram contra as investigações da Polícia Civil. A frase "que a verdade seja dita" foi grafada no portão da casa da família Pesseghini entre a noite de ontem e a manhã desta sexta-feira.

Segundo as investigações do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), tudo indica que o adolescente Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini usou a arma da mãe, uma pistola .40, e assassinou o pai, o sargento das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) Luis Marcelo Pesseghini, 40 anos, a mãe, a cabo da PM Andreia Regina Bovo Pesseghini, 35 anos, a avó Benedita de Oliveira Bovo, 65 anos, e a tia-avó Bernadete Oliveira da Silva, 55 anos.

Após o crime, o jovem teria pegado o carro da família e dirigido até a escola, que fica a 5 quilômetros do local do crime. Após assistir à aula, ele teria retornado ao lar e se matado.

Além da pichação contestando a autoria do crime, foi criada no Facebook uma página defendendo Marcelo Eduardo. A fanpage "Não Foi Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini" havia recebido, até a às 9h desta sexta-feira, 10.093 curtidas e publica teorias diferentes das apresentadas pela polícia. Ontem, o jornal britânico Daily Mail destacou que Marcelo Pesseghini pode ter sido “a quinta vítima de um massacre realizado por policiais criminosos que queriam matar sua mãe”.

O Daily Mail ecoa notícias publicada no Brasil sobre as investigações e o fato de a cabo da PM Andreia Regina Bovo Pesseghini ter denunciado colegas suspeitos de roubo. O jornal inglês diz que novas revelações e suspeitas da família das vítimas abrem a possibilidade de que o garoto seja vítima de uma armação.

O inquérito policial sobre a morte da família ainda não foi finalizado, mas a Polícia Civil informou que não trabalha com outras linhas de investigação.

Chacina de família desafia polícia em São Paulo
Cinco pessoas da mesma família foram encontradas mortas na noite de segunda-feira, dia 5 de agosto, dentro da casa onde moravam, na Brasilândia, zona norte de São Paulo. Entre os mortos, estavam dois policiais militares - o sargento Luis Marcelo Pesseghini, 40 anos, e a mulher dele, a cabo de Andreia Regina Bovo Pesseghini, 35 anos. O filho do casal, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, também foi encontrado morto, assim como a mãe de Andreia, Benedita Oliveira Bovo, 65 anos, e a irmã de Benedita, Bernardete Oliveira da Silva, 55 anos.

A investigação descartou que o crime tenha sido um ataque de criminosos aos dois PMs e passou a considerar a hipótese de uma tragédia familiar: o garoto teria atirado nos pais, na avó e na tia-avó e cometido suicídio. A teoria foi reforçada pelas imagens das câmeras de segurança da escola onde Marcelo estudava: o adolescente teria matado a família entre a noite de domingo e as primeiras horas de segunda-feira, ido até a escola com o carro da mãe, passado a noite no veículo, assistido à aula na manhã de segunda e se matado ao retornar para casa.

Os vídeos gravados pelas câmeras mostraram o carro de Andreia sendo estacionado em frente ao colégio por volta da 1h15 da madrugada de segunda-feira. Porém, a pessoa que estava dentro do veículo só desembarcou às 6h30 da manhã. O indivíduo usava uma mochila e tinha altura compatível à do menino: ele saiu do carro e caminhou em direção à escola.

Fonte: Terra
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