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Polícia

Rio: donos de montanha-russa responderão por homicídio

23 jun 2010 - 14h04
(atualizado às 14h11)
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Delegado da 16ª DP (Barra da Tijuca), Rafael Willis afirmou, na manhã desta quarta-feira, que os responsáveis pela a conservação do Parque Terra Encantada, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, vão responder por homicídio culposo - quando não há intenção de matar. No último sábado, a ajudante de cozinha Heydiaria Lemos Ribeiro, 61 anos, morreu ao cair de uma altura de 10 m de uma montanha-russa.

Na última segunda-feira, a Defesa Civil municipal interditou o parque. O órgão municipal tomou esta decisão após uma vistoria em conjunto com a gerência de engenharia mecânica da Rio Luz em todas as atrações do Terra Encantada. A Polícia Civil já havia interditado o brinquedo do parque por tempo indeterminado.

O resultado da perícia deverá ficar pronto em 15 dias. Os proprietários informaram a Willis que vistorias nos brinquedos são feitas de seis em seis meses. De acordo com o delegado, ainda não é possível afirmar que a morte da vítima aconteceu em função de uma falha mecânica no equipamento. O Conselho Regional de Arquitetura quer ouvir os responsáveis pela montanha-russa, conhecida como Monte Aurora.

O corpo de Heydiaria foi enterrado na manhã do último domingo, no Cemitério Municipal de Mesquita, na Baixada Fluminense. A vítima chegou a ser encaminhada com vida para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, mas não resistiu aos ferimentos. Segundo a filha da vítima, Iguaciara Lemos, as duas entraram na montanha-russa e teriam travado o dispositivo de segurança.

De acordo com ela, que estava sentada ao lado da mãe, uma funcionária do parque teria verificado a posição da barra de segurança do brinquedo. Logo após o início do trajeto, numa curva, o mecanismo se soltou e Heydiaria foi jogada longe.

"Só vi o vulto da minha mãe despencando. Eu gritava desesperadamente para pararem o brinquedo, mas ele completou a volta toda. Quando eu saí, gritava muito, estava muito nervosa, e fui direto ao local onde a minha mãe estava. Ela estava toda ensanguentada e caída no chão. Eu gritei tanto, que logo vieram os bombeiros do próprio parque", afirmou Iguaciara.

Conforme a família da vítima, tratava-se de uma excursão de 30 pessoas, todas evangélicas. O casal mora em Nova Iguaçu, no Bairro Botafogo, na Baixada Fluminense, enquanto a mãe morava em Três Corações, em Minas Gerais.

Fonte: O Dia
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