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Polícia

RJ: família de Claudia receberá indenização do Estado

O acordo determina ainda o pagamento de pensão aos familiares. Para o viúvo, será paga até a data em que Claudia completaria 65 anos (agosto de 2040)

9 abr 2014 - 16h37
(atualizado às 16h41)
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Alexandre Fernandes da Silva, marido de Cláudia, durante reunião com o governador do Rio, Sérgio Cabral
Alexandre Fernandes da Silva, marido de Cláudia, durante reunião com o governador do Rio, Sérgio Cabral
Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil

A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, que representa a família de Claudia Silva Ferreira, arrastada por uma viatura da Polícia Militar após ser baleada no morro da Congonha, em 16 de março, assinou nesta quarta-feira um acordo com o governo do Estado do Rio para pagamento de indenização por danos morais e materiais em razão da morte da auxiliar de serviços gerais.

O acordo determina ainda o pagamento de pensão aos familiares (viúvo e quatro filhos) de Claudia. A pensão será paga ao viúvo até a data em que Claudia completaria 65 anos (agosto de 2040). Aos filhos, a pensão será paga até que todos atinjam 21 anos, da seguinte forma: ao completar 21 anos, o filho mais velho deixa de receber e o valor passa a ser destinado ao segundo filho mais velho, que passa a acumular os dois pagamentos, até completar 21 anos. Ao completar 21 anos, o filho mais novo de Claudia estará recebendo, além da própria pensão, os valores referentes às pensões dos outros três irmãos mais velhos.

Para o defensor-geral do Estado, Nilson Bruno, o acordo mostra que o embate jurídico pode ser substituído pelo diálogo, fazendo com que as famílias tenham suas reparações consumadas o mais rápido possível. “O mais importante é preservar as vítimas. Essa tem sido a nossa postura. Buscar o diálogo, o consenso, evitando demandas judiciais desnecessárias, já que todos sabem o seu papel”, afirmou, após a assinatura do acordo.

O secretário estadual da Casa Civil, Leonardo Espíndola, disse que o acordo tem a intenção de ajudar a reparar o dano provocado à família. “Foi uma tragédia que chocou o País. Desde o primeiro momento, o governo do Estado se colocou à disposição da família, oferecendo todo apoio psicológico e assistencial. A intenção é dar suporte para ajudar os familiares de Claudia a se reestruturarem”, afirmou Espíndola.

Por meio da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, o governo do Estado continuará dando apoio assistencial aos familiares. “Desde o início deste caso, estamos trabalhando o núcleo familiar, tratando, principalmente, das necessidades das crianças. O menino de 16 anos está tirando a documentação para ser inserido da Fundação da Infância e Adolescência (FIA), para ter qualificação profissional. Eles também serão cadastrados no programa Minha Casa, Minha Vida e iremos acompanhar o processo. Nossa equipe de assistentes sociais e psicólogos está se reunindo semanalmente com a família, para identificar as dificuldades, apoiar e agilizar a inserção deles nos programas de atendimento à saúde e complementação de renda”, informou o secretário João Carlos Mariano.

Claudia Silva Ferreira foi atingida por disparo em operação de policiais no morro da Congonha, em Madureira, no subúrbio do Rio de Janeiro, em 16 de março. Após ser baleada, ela foi colocada numa viatura da PM dentro do porta-malas, que se abriu no caminho para o hospital Carlos Chagas. A vítima acabou sendo arrastada por 300 metros e morreu.

Fonte: Terra
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