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Polícia

RJ: filho de Eduardo Coutinho confessou crime, diz delegado

Daniel Coutinho disse que, com a intenção de se matar, não queria deixar os pais desamparados e perfurou o pai. Mãe conseguiu se abrigar

4 fev 2014 - 13h04
(atualizado às 13h07)
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O delegado Rivaldo Barbosa, titular de Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro, afirmou nesta terça-feira que o assassinato do cineasta Eduardo Coutinho “é um crime esclarecido”. Em entrevista ao RJTV, da TV Globo, Barbosa afirmou que o filho do diretor Daniel Coutinho confessou que matou o pai a facadas e feriu a mãe.

Em depoimento de cerca de duas horas no hospital municipal Miguel Couto, na zona sul do Rio, para onde foi levado no último domingo, ele confessou que “tentava o suicídio. Para não deixar os pais desamparados, vai ao encontro da mãe e a perfura, mas ela se abriga (num cômodo da casa). O pai sem oferecer resistência, morre. Ele depois dá duas facadas no próprio abdômen e vai pedir ajuda aos vizinhos”.

Internada num hospital particular do Rio, a esposa de Coutinho, Maria das Dores de Oliveira Coutinho, 62 anos, continua em estado grave, porém estável, com perfurações na altura do peito e abdômen. Coutinho, 81 anos, foi enterrado na tarde de ontem no cemitério São João Batista, em Botafogo, zona sul da capital.

“Ele disse que tinha medo de viver. Sobre o fato de ter alguma doença mental, não há nenhuma relação direta entre a doença mental e a prática de crime. O crime foi esclarecido pela divisão de homicídios”, concluiu ainda o delegado.

Entenda o caso

O cineasta Eduardo Coutinho, 81 anos, considerado um dos principais documentaristas do Brasil, foi assassinado a facadas neste domingo, dentro de casa, no bairro da Lagoa, zona sul do Rio Janeiro. A mulher do documentarista, Maria das Dores de Oliveira Coutinho, 62 anos, também foi ferida e encaminhada em estado grave para o hospital Miguel Couto.

O filho do documentarista, Daniel Coutinho, 41 anos, que tem esquizofrenia, confessou ser o autor do crime. Ele foi preso em flagrante pela polícia, e a Justiça decretou a prisão preventiva.

De acordo com o delegado e diretor da Divisão de Homicídios, Rivaldo Barbosa, "o que aconteceu por volta das 11h é a expressão genuína da palavra tragédia. Filho atinge mortalmente seu pai a facadas o matando. Posteriormente a isso, se dirige à mãe e a atinge. Ela correu para um cômodo, provavelmente o banheiro, se trancou e acionou o outro filho pelo telefone", descreveu Barbosa.

O delegado ainda disse que Daniel, ensanguentado, bateu nas portas dos vizinhos e falou palavras desconexas: "libertei meu pai e tentei libertar minha mãe e eu. Tentando, me furei duas vezes e nada acontece". Depois, ele aguardou a chegada dos bombeiros no apartamento onde morava com os pais e abriu a porta voluntariamente.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, Maria foi esfaqueada duas vezes na região da mama, três no abdômen e sofreu também lesões no fígado. Ela foi operada e seu estado de saúde é grave. O filho do cineasta também foi encaminhado ao hospital Miguel Couto, com dois ferimentos provocados por faca na região abdominal. Ele foi operado e seu estado de saúde é considerado estável. 

Coutinho era considerado um dos maiores documentaristas do Brasil. Entre outros filmes, ele é autor de Cabra Marcado para Morrer, Babilônia 2000, Jogo de Cena e Edifício Master. Entre as diversas premiações internacionais e nacionais que recebeu, o documentarista é vencedor do Kikito de Cristal, tido como a mais importante premiação do cinema nacional, pelo conjunto de sua obra.

Fonte: Terra
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