RJ: jovem esfaqueado em trem tem alta; família está aliviada
Pedro vai voltar para a casa da avó, com quem vive em Guadalupe, zona norte do Rio
A família do adolescente Pedro Arthur Britto, 18, esfaqueado durante um assalto no trem da Supervia, no último sábado (30), respira mais aliviada nesta terça-feira (2). O jovem teve alta do Hospital Municipal Salgado Filho, por volta do meio-dia, e voltará para a casa da avó, com quem vive em Guadalupe, zona norte do Rio de Janeiro. Além disso, o homem suspeito do crime, Michael Douglas Gonçalves da Silva, 19, foi preso no início desta manhã pela Polícia Civil. Ele estava na casa da avó, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
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O tio de Pedro Arthur, o professor de História Christiano Britto Monteiro, disse que as pessoas próximas estão ainda muito assustadas, mas aliviadas com a prisão de Michael Douglas. “Nisso tudo, um recado acabou ficando claro: essas pessoas vão ver que não dá pra ‘aloprar’ no trem. Podem até roubar, mas não pra aloprar’”, afirmou, em referência ao fato de a ação do assaltante ter sido filmada, o que pode coibir novas ações do tipo. Foi graças às câmeras de segurança da estação de Quintino, onde aconteceu o assalto, que o suspeito foi identificado.
Christiano elogiou o trabalho da Polícia Civil, que chegou a Michael Dougas com rapidez. No entanto, o sentimento é de perplexidade: “no primeiro momento, o que você pensa? Tivemos convicção de que o menino tinha sido morto. Está tudo muito estranho. Como pode um cara usar uma faca daquela, profissional de açougueiro, faca que corta osso, gente?!”
Em médio e longo prazos, o professor de História diz que não vê outra saída, senão pela Educação. “Eu sou professor, sempre fui muito pobre e acreditei na educação como uma espécie de religião. Eu sempre olhava quem estava melhor, era o professor. E então eu pensava: quero ser professor. Não tem outro caminho senão o da Educação”.
Encontro de histórias
Na segunda-feira (1º), o jovem Pedro Arthur recebeu a visita de outra vítima de assalto com uso de faca na cidade, o músico Josué Clementino da Silva, conhecido como Naval. “Que menino bacana o Pedro! Foi muito legal a visita. Os estudantes amigos dele estão lá de plantão”, comenta Naval, que foi assaltado e esfaqueado dentro de um ônibus no Centro do Rio de Janeiro no dia 24 de maio.
Pedro Arthur foi a 13ª vítima de assalto com uso de faca na cidade em apenas duas semanas. No sábado pela manhã, ele seguia de trem para São Cristóvão, na zona norte, onde estuda, quando, na altura da estação de Quintino foi surpreendido pelo assaltante. Ele levou dois golpes de faca no ombro direito. Levado ao hospital, foi submetido à cirurgia por cerca de 5 horas.
Para evitar sequelas nos movimentos dos dedos, o jovem deve passar por uma nova cirurgia dentro de três meses, segundo informou o tio. Como os cortes foram muito profundos e atingiram alguns nervos, o procedimento será necessário para evitar comprometimento das funções da mão esquerda.
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