A madrugada de segunda-feira não teve confrontos com as Forças Armadas ou entre bandidos no Complexo de Favelas da Maré, no Rio de Janeiro, segundo o major Alberto Horita, chefe da Comunicação Social da Força de Pacificação no local. Os militares recuperaram um carro roubado, mas não há notícias de conflitos armados, disse Horita. No entanto, Horita admitiu que ainda há criminosos no complexo.
Neste fim de semana, homens do Exército e da Marinha que participam da ocupação nas 15 comunidades da Maré, iniciada em 5 de abril a pedido do governo do Rio, distribuíram panfletos pedindo que a população colabore e denuncie criminosos para ajudar na prisão e apreensão de drogas e armas. "Os moradores ainda têm muito receio, porque acreditam que pode haver retaliação dos criminosos. Isso é natural. Eles vão ter que se acostumar, aos poucos, com a presença do Poder Público nas comunidades", disse Horita.
A Força de Pacificação ainda não disponibilizou o telefone especial de disque-denúncia que será criado para que moradores da Maré passem informações às forças de segurança. Por enquanto, a orientação é que eles usem o disque-denúncia que já existe no estado, pelo número 2253-1177. Também não há previsão de quando será montado o posto avançado da 21 Delegacia Policial no complexo de favelas. A Delegacia Judiciária de Policiamento Militar, que recebe denúncias de abusos que tenham sido cometidos pelas tropas, já está funcionando dentro do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Rio (CPOR), que fica em uma das margens da Maré, na Avenida Brasil, 5292, em Bonsucesso.
Neste fim de semana, as Forças Armadas tiveram que intervir para evitar um confronto entre facções rivais na favela Nova Holanda. Os militares deram dois disparos para o alto e usaram spray de pimenta para impedir que integrantes de duas facções rivais, armados de paus e pedras, se agredissem diante das tropas. Ninguém ficou ferido. Segundo Horita, pouco antes desse tumulto, os militares encontraram um homem ferido em um valão perto da Vila Olímpica da favela Nova Holanda. De acordo com moradores, que alertaram os militares, esse homem teria sido agredido durante uma briga entre facções rivais.
Forças Armadas ocuparam a comunidade da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro, neste sábado
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Tropas começaram a ocupação ainda na madrugada deste sábado
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Complexo na zona norte do Rio tem 15 comunidades
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Carros blindados, helicópteros e jipes são usados na ocupação
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Ocupação da favela ocorre após uma série de ataques a Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) do Rio
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Moradores circulam normalmente durante a ocupação da favela
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Moradores que estão a pé precisam abrir mochilas para serem revistadas pelos militares que ocupam a comunidade
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Carros, vans e motos que estão entrando nas favelas estão sendo revistados
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Circulação de moradores continua mesmo com a ocupação da comunidade
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Forças Armadas entraram na favela ainda na madrugada deste sábado
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Ocupação iniciou tranquilida na zona norte do Rio de Janeiro
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Após ocupação, mais uma UPP será instalada
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Moradores acompanharam de suas casas a ocupação da favela
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Soldados utilizaram forte armamento para invadir o local
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Ocupação começou ainda na madrugada de sábado
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Comerciante limpa tranquilamente a calçada durante a ocupação
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Segundo o general de Brigada do Exército Roberto Escoto, que comanda a Força de Pacificação na Maré, não há notícias de confronto com bandidos quando as Forças Armadas entraram nas favelas e não foram feitas prisões até o final da manhã deste sábado
Foto: Mauro Pimentel / Terra
O ministro da Defesa, Celso Amorim, disse que espera que até 31 de julho a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do complexo de favelas da Maré esteja instalada
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Governador do Rio de Janeiro cumprimenta o Ministro da Defesa
Foto: Mauro Pimentel / Terra
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, disse neste sábado que conjunto de favelas da Maré, que foi ocupado neste sábado por tropas das Forças Armadas, era um hub da distribuição de drogas e de roubos de carros e motos
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Estamos libertando um território que é uma cidade de 130 mil habitantes. Já prendemos 180 pessoas nos últimos 15 dias . Somando forças a gente desperta a esperança e o caminha para poder vencer o tráfico de drogas, disse Pezão
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Moradores do Complexo da Maré, ocupado pelas Forças Armadas, vivem expectativa de mudanças sociais
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil
O potiguar Jorge Paulo, 68 anos, há 65 na Maré, possui uma pequena criação de cabras
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil
Andreia Oliveira da Costa, que mora há 12 anos no local, não se conforma com as condições de moradia
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil
Welington Barbosa, que vive em um barraco à beira de um canal no Complexo da Maré, quer ajuda do Estado para sair da casa de compensado
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil
Criação de cabras de Jorge Paulo, que veio do Rio Grande do Norte e hoje vive no Complexo da Maré
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil
O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, e o secretário de segurança pública, José Mariano Beltrame, em visita ao Complexo da Maré
Foto: Governo do Rio / Divulgação
Crianças brincam com forças de ocupação do Exército
Foto: Governo do Rio / Divulgação
O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, e o secretário de segurança pública, José Mariano Beltrame, em visita ao Complexo da Maré
Foto: Governo do Rio / Divulgação
O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, em visita ao Complexo da Maré
Foto: Governo do Rio / Divulgação
Carros do Exército fazem ronda no Complexo da Maré