RJ: marido decapitado de PM de UPP jogou na série B do carioca
João Rodrigo da Silva, que foi decapitado e teve a cabeça deixada dentro de uma mochila em frente à casa de sua mulher, em Bangu, zona oeste do Rio de Janeiro, foi jogador de futebol. O comerciante era marido de uma policial militar lotada na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) de São Carlos, no centro da cidade.
Mineiro de Cataguases, ele começou a carreira no Bangu aos 16 anos e chegou a ser emprestado ao hondurenho Olimpia. Entre outros times, passou pelo Remo (PA), Volta Redonda, Tigres, Duque de Caxias, Olaria - todos do Rio de Janeiro -, Botafogo (DF) e Bonsucesso (RJ), e defendeu as cores do Sampaio Corrêa (RJ) no último campeonato da série B do carioca.
Ainda chocado com a notícia, o presidente do Sampaio, Cleber Murilo Pereira, definiu João como um grande atacante e amigo. "Ele atacava muito bem, jogava muito, além de ser amigo de todos", afirmou Cleber, que contava com o jogador para o próximo campeonato. "Ainda estou perplexo com a notícia", ressaltou.
João era dono de um pequeno comércio em Realengo, também na zona oeste. Ele foi levado por assaltantes em seu carro, um Hyundai I30, na noite de segunda-feira. A policial chegou a ir à delegacia registrar queixa do desaparecimento do marido.
Por volta das 6h desta terça-feira ela ouviu uma movimentação em frente a sua casa e foi até o portão. Na calçada encontrou uma mochila, pertencente ao marido, e, ao abri-la, se deparou com a cabeça dele.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios, que esperam que as imagens de uma câmera instalada em um comércio da rua ajudem a desvendar o caso. Policiais militares do 14º BPM realizam buscas na região para localizar o carro e o corpo.