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Polícia

RJ: pastor Marcos Pereira, o filho e mais 3 são indiciados por coação

22 mai 2013 - 21h55
(atualizado às 21h58)
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O pastor Marcos Pereira, o filho dele, Felipe Madureira, e mais três fiéis da Assembleia de Deus dos Últimos Dias - Uanderson Renato Fialho Campos, Lucio Oliveira Camara Filho e Daniel Candeias da Silva - foram indiciados nesta quarta-feira pela Polícia Civil do Rio de Janeiro por coação. Eles teriam ameaçado pessoas que denunciaram o pastor por estupro. O irmão de Pereira, Allan Mariano dos Santos, também é investigado e hoje foi à delegacia de São João do Meriti para prestar depoimento. No entanto, ele disse ao delegado Delmir Gouvêa que só vai falar à Justiça. Allan é investigado por injúria por ofender, em uma rede social, mulheres que denunciaram o pastor Marcos Pereira por estupro e o delegado titular da Delegacia de Combate às Drogas, Márcio Mendonça, responsável por parte das investigações. A pena pode chegar a oito meses de prisão. As informações são RJTV.

“O depoimento deles são contraditórios, eles não têm base nenhuma de relacionamento algum que justifique o fato, eles falam que foram lá para conversar com ele (testemunha), mas fizeram isso 22h, cinco pessoas, e, naquele dia, a testemunha estava vindo da delegacia, onde tinha prestado um depoimento contra o pastor Marcos”, disse o delegado. O pastor Marcos Pereira está preso em Bangu desde o dia 8 de maio, acusado de cometer dois estupros. A polícia analisa gravações telefônicas nas quais o pastor faz insinuações e tenta seduzir fiéis. Segundo as investigações, em uma ligação o acusado pede que uma mulher convide a filha adolescente do traficante Fabiano Atanásio, o FB, para ir ao apartamento dele em Copacabana.

Pastor é acusado de estupro

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) denunciou o pastor Marcos Pereira por dois estupros. Ele foi preso acusado de abusar sexualmente de seis fiéis da Assembleia de Deus dos Últimos Dias, da qual é um dos líderes.

Segundo a denúncia, para cada um dos seis estupros foi instaurado um inquérito policial, com o objetivo de "facilitar a individualização de cada crime". "Pelos relatos das testemunhas, principalmente das mulheres, verifica-se que estamos diante de um verdadeiro depravado, degenerado, pervertido sexual, capaz de fazer as coisas mais baixas e sempre se aproveitando da sua condição de líder maior da Igreja", dizem os promotores Rogério Lima Sá Ferreira e Adriana Lucas Medeiros, que assinam o texto.

A ação explica que o inquérito é um desdobramento de uma outra investigação que apura a prática de incitação ao crime e associação para o tráfico de drogas do pastor. "Acontece, porém, que no decorrer da investigação dos crimes acima, foram surgindo notícias gravíssimas de outros crimes, como homicídio, lavagem de dinheiro, estupros, roubo por parte do denunciado", explicam os promotores.

Na denúncia, são relatados os abusos que Marcos Pereira cometeu contra as duas mulheres, que moravam em um alojamento da igreja. Segundo o texto, ele negava material de higiene a uma das vítimas caso ela se recusasse a manter relações sexuais.

"Todas as mulheres vítimas do denunciado viveram na sua igreja por alguns anos. Elas viviam em função da Igreja presidida pelo denunciado. Moravam nos alojamentos existentes na Igreja.  Eram dependentes materialmente e emocionalmente do denunciado.  E para aquelas que se recusavam a ceder aos seus instintos bestiais, o denunciado as ameaçava de despejo, de morte fora da Igreja", diz a denúncia.

"O relato das outras mulheres é estarrecedor. Revela de forma clara que o denunciado é maquiavélico, de uma pobreza de espírito sem tamanho, só para conseguir dar vazão aos seus instintos sexuais. Se identificando com um 'Homem de Deus', praticou uma série de crimes sexuais contra aquelas que procuraram a sua Igreja em busca de ajuda espiritual. Conduta vil, torpe", dizem os promotores.

Além de Pereira, o MP denunciou quatro homens ligados à igreja acusados de fazer ameaças a uma das vítimas de estupro. De acordo com o MP, o pastor teria ordenado a Daniel Candeias da Silva, Ubirajara Moraes Pereira, Cezar Luiz Moraes Pereira e Lúcio Oliveira Câmara Filho que ameaçassem a mulher.

As ameaças teriam começado em março de 2012, depois que a mulher denunciou o pastor pelo crime de estupro. Ela disse ter sido perseguida e vigiada em seu trabalho por homens que faziam gestos ameaçadores.

Fonte: Terra
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