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Polícia

RJ: PM lamenta morte de mulher arrastada, mas defende ação

17 mar 2014 - 14h44
(atualizado às 14h59)
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O porta-voz da PM, tenente-coronel Cláudio Costa, classificou a ação dos PMs como uma conduta que não é tolerável
O porta-voz da PM, tenente-coronel Cláudio Costa, classificou a ação dos PMs como uma conduta que não é tolerável
Foto: Mauro Pimentel / Terra

O tenente-coronel Cláudio Costa, porta-voz da Polícia Militar do Rio de Janeiro, classificou como “conduta que não é tolerável” o socorro feito por policiais militares a Claudia da Silva Ferreira, 38 anos, baleada durante uma operação policial na manhã deste domingo na comunidade de Congonha, em Madureira, na zona norte da cidade. O tenente, no entanto, afirmou que, apesar da imperícia dos policiais, a PM irá continuar a levar feridos ao hospital.

Após ser atingida por um disparo durante a operação Cláudia teria sido socorrida pelos PMs que, segundo a assessoria da corporação, a colocaram dentro do porta-malas de uma viatura e a levaram para o hospital Carlos Chagas.

Imagens de um cinegrafista amador obtidas pelo jornal Extra mostram que no caminho até o hospital o porta-malas se abriu e parte do corpo da moradora foi arrastado pela rua por cerca de 250 metros, causando ainda mais ferimentos à vítima, que acabou morrendo.

Segundo Costa, Cláudia deveria ter sido colocada no banco traseiro, com o amparo de um policial, mas a falha dos policias não justifica uma mudança no procedimento da corporação. “A Polícia Militar lamenta o que ocorreu, somos solidários a Cláudia e a seus familiares, mas precisamos entender o quanto PM tem salvado vidas, do crime ou não, com essa condução para o hospital”, defendeu.

O marido de Cláudia, Alexandre Ferreira da Silva, 41 anos
O marido de Cláudia, Alexandre Ferreira da Silva, 41 anos
Foto: Mauro Pimentel / Terra

“Aquela é uma área conflagrada, em conflito. Com certeza a ambulância teria muita dificuldade em chegar. Aquela pessoa que estava ferida precisava de um socorro com emergência. Vamos deixar essa pessoa morrer ou vamos socorrê-la?.”

Os três PMs envolvidos no socorro de Cláudia tiveram a prisão determinada e, segundo Costa, irão passar por um processo administrativo que pode culminar com a sua expulsão.

Em São Paulo uma norma do governo do Estado determina que somente os serviços especializados de atendimento médico, como o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), podem socorrer os feridos. A medida, segundo o governo, visa resguardar a saúde das vítimas, como já ocorre nos acidentes de trânsito, e garantir a preservação dos locais de crime para a realização de perícia e investigações.

Os três policiais que colocaram Cláudia no porta-malas depuseram no domingo e serão convocados novamente para novo depoimento.

Fonte: Terra
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