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Polícia

RJ: polícia reafirma ligação de caseiro na morte de Malhães

6 mai 2014 - 21h44
(atualizado às 21h47)
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro reafirmou que o caseiro Rogério Pires teve participação na morte do coronel reformado do Exército Paulo Malhães. Em diligência nesta terça-feira, integrantes da Comissão de Direitos Humanos do Senado conversaram com o suspeito, que negou ter se envolvido no crime. O caseiro está detido preventivamente na Delegacia Antissequetro, na zona sul do Rio.

O titular da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, Pedro Henrique Medina, disse que a participação do caseiro no crime "é irrefutável". A polícia acredita em caso de latrocínio (roubo seguido de morte). "O que eu posso falar, sobre o teor do depoimento dele, é que ele tem envolvimento no crime", afirmou o delegado.

Medina também falou sobre o fato de Rogério Pires ter prestado depoimento sem a presença de um advogado, mesmo sendo analfabeto. Segundo ele, todos os trâmites legais foram seguidos, embora possa ser questionado juridicamente. "O Código de Processo Penal admite essa possibilidade", disse. "Inclusive, o juiz oficiou a Defensoria (Pública)", acrescentou.

Mais cedo, a presidente da comissão do Senado, Ana Rita (PT-ES), e os senadores João Capiberibe (PSB-AP) e Randolfe Rodrigues (Psol-AP) conversaram reservadamente com o caseiro, que negou participação na ação. "Ele não confessou o crime, disse que não participou de nada, não sabia de nada, não confirmou nada."

Na avaliação de Ana Rita, as explicações dos delegados atendem às expectativas da comitiva. A preocupação, pelas circunstâncias do crime, é que tenha sido um caso de execução. "O chefe da Polícia Civil nos disse que não descarta nenhuma linha de investigação", informou.

A comissão pedirá um advogado, por meio da defensoria, para acompanhar o caseiro e solicitará proteção para a família dele até que o caso seja esclarecido. Dois suspeitos de envolvimento, parentes do caseiro, continuam foragidos.

O inquérito das investigações, com os primeiros depoimentos de Rogério Pires, tramita em segredo de Justiça e foi solicitado pelos senadores. O laudo do Instituto Médico-Legal (IML) com a causa da morte do ex-coronel, que deve ajudar a esclarecer o crime, será divulgado em dez dias.

<a data-cke-saved-href="http://noticias.terra.com.br/brasil/ato-institucional/" href="http://noticias.terra.com.br/brasil/ato-institucional/">veja o infográfico</a>
Agência Brasil Agência Brasil
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