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Polícia

RJ: policiais fazem operação contra traficantes do ES no Complexo da Maré

Esquema criminoso de integrantes do Terceiro Comando Puro movimentou em torno de R$ 43 milhões em apenas um ano

29 jan 2025 - 10h10
(atualizado às 12h31)
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Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro
Foto: Divulgação/PCERJ

Policiais civis do Rio de Janeiro e do Espírito Santo deflagraram na manhã desta quarta-feira, 29, a Operação Conexão Perdida, no Complexo da Maré, que mira a organização criminosa Terceiro Comando Puro (TCP). Até a última atualização desta matéria, seis pessoas foram presas.

Agentes cumprem mandados de prisão contra traficantes do TCP capixabas que estabeleceram um esquema de extorsão e de lavagem de dinheiro na Maré. O esquema criminoso movimentou em torno de R$ 43 milhões em apenas um ano. 

Segundo a TV Globo, os mandados estão sendo cumpridos na parte da Maré dominada pelo TCP e em endereços em Laranjeiras, Ramos e Campo Grande, no Rio de Janeiro, além de Vitória, capital do Espírito Santo. 

Em solo capixaba, a operação conta com mais de 60 policiais e no Rio de Janeiro foram empregados mais de 250 policiais, com apoio de blindados e dois helicópteros.

Moradores relataram à emissora tiroteio desde a madrugada na Maré, além de barricadas na região e grande movimentação policial.

A investigação

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do ES à emissora, as investigações iniciaram em novembro de 2023 após a prisão do traficante Luan Gomes de Faria, em Vitória. Ele e o irmão, Bruno Gomes de Faria, conhecidos como "irmãos Vera", são apontados como chefes do TCP no Espírito Santo, bem como Marcos Luiz Pereira, vulgo "MK". Mas, depois da prisão de Luan, Bruno se mudou para o Complexo da Maré, no Rio de Janeiro.

A Secretaria afirma que os traficantes se instalaram na Maré para expandir atividades ilegais. Conforme dados da Subsecretaria de Inteligência do estado, os criminosos extorquiam dinheiro de funcionários de empresas provedoras de internet, água e gás. Essas empresas só podiam atuar no Complexo se pagassem mensalidades, que poderiam chegar a R$ 10 mil. 

A Polícia Civil do Espírito Santo (PC ES) informou em nota ao Terra que, durante as investigações, ficou comprovado que um empresário do ramo da internet se juntou à facção criminosa e passou a danificar o cabeamento das empresas rivais para obrigar os moradores locais a se tornarem seus clientes.

"A partir deste momento, as investigações deixam claro que a facção se torna uma espécie de sócia desse empresário. Uma central de internet chegou a ser desativada no Morro da Garrafa, em Vitória", disse o coordenador do Centro de Inteligência e Análise Telemática (Ciat), delegado Alan Moreno de Andrade.

Os criminosos tinham várias contas bancárias para gerenciar e ocultar os valores obtidos com o esquema. Eles também tinham um "banco paralelo", uma instituição financeira irregular que oferecia empréstimos para pessoas da comunidade.

"Esses locais lavavam o capital ilícito gerado pelo tráfico de entorpecentes da Maré, bem como do TCP de Vitória, chegando a movimentar R$ 43 milhões em pouco menos de um ano", afirmou o delegado.

Presos na operação

De acordo com a PC ES, a operação ainda está em andamento. As três pessoas presas são o empresário citado, uma familiar de Luan Gomes de Faria e um terceiro indivíduo preso em flagrante por tráfico de drogas. Outras três pessoas também foram detidas no Rio de Janeiro.

Fonte: Redação Terra
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