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Polícia

RJ: reconstituição do sumiço de Amarildo deve durar 9 horas

1 set 2013 - 18h38
(atualizado às 18h47)
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<p>Desaparecimento de pedreiro é alvo de protestos em todo o Brasil</p>
Desaparecimento de pedreiro é alvo de protestos em todo o Brasil
Foto: Daniel Ramalho / Terra

A reconstituição dos últimos passos do pedreiro Amarildo de Souza, 47 anos, desaparecido desde o dia 14 de julho, deverá se estender até a madrugada desta segunda-feira na Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro (RJ). Segundo a Polícia Civil, a operação deverá durar cerca de nove horas.

Os trabalhos, que estavam programados para começar às 15h, não tinham iniciado até às 18h em função de um desencontro entre a Polícia Civil e os policiais militares que participam da reconstituição. De acordo com a Polícia Civil, os delegados aguardavam, desde as 16h, os PMs da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), local onde Amarildo passou por uma averiguação antes de sumir.

Porém, segundo a Polícia Militar, os PMs foram dispensados horas antes, depois de esperarem até as 16h pelos policiais civis. Na última sexta-feira, a Polícia Civil havia informado que os policiais militares responsáveis pela prisão não participariam da reconstituição.

MP pede expulsão de PMs

Na última quinta-feira, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) anunciou o envio de uma representação para uma proposta de ação civil pública, em que pede a expulsão dos quadros da Polícia Militar do major Edson Raimundo dos Santos e dos policiais militares Rodrigo de Macedo Avelar da Silva, Douglas Roberto Vital Machado, Rafael Adriano Silva de Carvalho e Vitor Luiz Evangelista, por improbidade administrativa. Todos são lotados na UPP da Rocinha, para onde Amarildo foi levado no dia 14 de julho e nunca mais foi visto.

A representação da 15ª Promotoria de Investigação Penal da 1ª Central de Inquéritos encaminhada à Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania pede também a expulsão dos militares, a suspensão do porte e o recolhimento das armas acauteladas em seus nomes e os distintivos.

Além das medidas na área cível, no âmbito penal os policiais militares também são investigados pelos crimes de tortura e abuso de autoridade com a possibilidade de oferecimento denúncia pelo Ministério Público contra os cinco militares. Na quarta-feira, o comandante das Unidades de Polícia Pacificadora, coronel Frederico Caldas, havia anunciado que o major Edson Raimundo dos Santos, deixaria o comando da UPP da Rocinha, onde estava lotado desde a inauguração em setembro do ano passado.

Fonte: Terra
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