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Polícia

RS: homem confessa que estuprou criança após matá-la

Corpo de Patrícia Fátima Sosin de Oliveira foi encontrado nesta manhã na cidade de Erechim

3 fev 2015 - 19h13
(atualizado às 19h23)
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Um caso envolvendo homicídio e crime sexual chocou a cidade de Erechim, no Noroeste do Rio Grande do Sul, nesta terça-feira (3). A polícia civil, com o apoio da comunidade, localizou, no começo da tarde de hoje, o corpo da menina Patrícia Fátima Sosin de Oliveira, de apenas nove anos, desaparecida desde a última quarta-feira (28). A identificação do local onde a criança foi deixada após ser morta apenas foi possível com a orientação do próprio assassino, que confessou o crime e relatou ter estuprado a vítima já depois que a criança estava sem vida.

Marcos Antônio da Rosa, de 24 anos, já havia sido denunciado por abuso sexual de menor, mas estava em liberdade. De acordo com o delegado Gustavo Ceccon, que comanda as investigações, a polícia tem conhecimento de pelo menos mais cinco casos semelhantes envolvendo o suspeito, mas nenhum deles foi registrado oficialmente. Ele foi preso e confessou o caso, mas se contradisse durante os depoimentos que prestou à polícia: apontou dois locais diferentes como pontos onde enterrou a vítima. Apenas na terceira versão o homem levou os policiais até o matagal onde a criança estava.

O corpo foi levado para necropsia e o resultado dos laudos deverá apontar a causa da morte e se Patrícia sofreu, de fato, abuso sexual. Rosa disse que matou Patrícia após a menina reagir durante a tentativa de estupro. Ele relatou ainda que a enterrou e desenterrou duas vezes, momentos nos quais a teria estuprado.

O delegado Ceccon afirma que, na maior parte das vezes, em casos como esses, a vítima é próxima do criminoso: “eles eram vizinhos, conhecidos. Não foi difícil fazer contato com a menina”. O delegado ressaltou ainda que, justamente por essa proximidade, as denúncias não chegam à polícia, já que “como muitas vezes são parentes, familiares, existe uma tentativa de mascarar a situação que pode culminar em casos como esse”. A ausência da denúncia impede que a polícia investigue os crimes, o que mantém os suspeitos soltos.

Ainda de acordo com a investigação, com apenas nove anos, Patrícia já havia sido abusada pelo menos por mais duas vezes: aos cinco anos, pelo próprio pai, e aos oito por um padrasto, que está preso. Atualmente ela vivia com a mãe, que enfrentaria problemas psiquiátricos, e com o companheiro dela. O suspeito do crime tem dois filhos e dois enteados, entre eles uma menina de apenas dois anos.

Fonte: Especial para Terra
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