RS: imagens ruins prejudicam identificação de assassino de taxistas
A Polícia Civil analisa as imagens de câmeras de empresas próximas aos locais onde três taxistas foram mortos na madrugada de sábado, no entanto, a qualidade das imagens prejudica a identificação do autor dos crimes que abalaram os motoristas que trabalham na noite, segundo afirmou, nesta quinta-feira, o delegado Odival Soares, que chefia a investigação.
"Estamos analisando estas imagens para tentar identificar o autor, mas elas estão com uma qualidade muito ruim", disse o delegado, ao explicar que existe uma equipe específica tralhando nesse quesito da investigação criminal.
Em Santana do Livramento, onde outros três taxistas foram mortos na noite de quinta-feira, também com tiros de calibre 22, as imagens possibilitaram algum tipo de avanço. "Deu para ver uma pessoa mais ou menos delineada, é possível identificar alguma coisa, mas ainda não com muita certeza", disse o delegado Eduardo Finn, responsável pelas investigações na fronteira.
Na tarde de quarta-feira representantes dos taxistas se reuniram com o governador Tarso Genro (PT) e autoridades de segurança do Estado. Tarso chegou a dizer que "precisamos pegar esse psicopata ou criminoso", e prometeu empenho da polícia na elucidação do caso, além de ter anunciado ações de segurança.
Em Porto Alegre, a hipótese mais provável para a polícia é de latrocínio, mas nenhuma linha de investigação é descartada, nem mesmo possibilidade de que as três vítimas tenha sido escolhidas previamente.
Já na fronteira, a polícia uruguaia acredita que as mortes possam ter relação com o tráfico de drogas, uma vez que um dos taxistas era ex-policial militar expulso por corrupção. Mas essa é apenas uma das hipóteses investigadas pelo lado brasileiro, onde foram encontrados dois dos três corpos.