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Polícia

RS: MP denuncia 41 após investigação com chefes de presídio

22 mai 2014 - 11h47
(atualizado às 11h48)
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Câmeras da residência de um dos presos eram monitoradas de dentro do presídio
Câmeras da residência de um dos presos eram monitoradas de dentro do presídio
Foto: Marjuliê Martini / Divulgação

O Ministério Público (MP) do Rio Grande do Sul ofereceu denúncia contra 41 investigados pela Operação Praefectus, desencadeada em 22 de abril deste ano e investigava detentos do Presídio Central de Porto Alegre que comandavam o tráfico de drogas de dentro da casa prisional. Os denunciados responderão pelos crimes de participação em organização criminosa, tráfico de drogas, porte e comércio ilegal de armas de fogo, roubo e lavagem de dinheiro. 

Durante as investigações, o MP constatou que presos que exerciam função de "chefes de galeria", comandavam o tráfico utilizando telefones celulares. Um deles, ainda, controlava sua residência por meio de câmeras, que eram acessadas de smartphones de dentro do Presídio Central.

Os detentos eram auxiliados por suas companheiras. Em virtude de seus status dentro da cadeia, eles conseguiam que elas tivessem prioridade de ingresso no presídioCom o lucro do tráfico, os detent adquiriam veículos e imóveis que eram registrados em nome de suas companheiras, de familiares delas ou ainda de terceiros. 

Cela de um dos denunciados possuía uma geladeira particular
Cela de um dos denunciados possuía uma geladeira particular
Foto: Marjuliê Martini / Divulgação

Das 41 pessoas denunciadas, sete são companheiras de presos que já se encontravam recolhidos quando do início das investigações, sendo que seis delas estão presas preventivamente. Eram elas quem usufruíam desses bens durante o confinamento de seus companheiros. Foi decretada, ainda, a prisão preventiva de outros 12 denunciados. 

Conforme foi apurado, grande parte das negociações referentes ao tráfico de drogas era realizada com detentos do próprio sistema prisional, sendo os pagamentos e a entrega da droga efetuada por comparsas e até mesmo pelas companheiras dos apenados. De acordo com o Promotor de Justiça Ricardo Felix Herbstrith, responsável pela operação, a organização lucrava cerca de R$ 300 mil por mês. 

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Fonte: Terra
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