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Polícia

RS: polícia cancela operação por falta de vagas em presídios

Vinte pessoas seriam presas, mas ação foi suspensa

12 mai 2015 - 12h42
(atualizado às 13h18)
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Carga recuperada pela Polícia Civil do RS em ação passada
Carga recuperada pela Polícia Civil do RS em ação passada
Foto: Divulgação / PC/RS

A falta de vagas no sistema prisional gaúcho fez com que ao menos uma operação da Polícia Civil contra uma quadrilha de roubo de cargas fosse cancelada. Vinte pessoas seriam presas, mas a ação teve que ser suspensa depois de um comunicado da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) avisando que não tinham vagas disponíveis no sistema prisional por conta de interdições determinadas pela Justiça.

De acordo com a Polícia Civil, foi um episódio pontual, que não prejudicará o trabalho de investigação, mas será necessário um ajuste na comunicação com a Susepe, segundo afirmou por meio da assessoria o delegado chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, Guilherme Wondraceck.

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O sistema prisional é um tema complicado no Rio Grande do Sul. O Presídio Central, por exemplo, já foi considerado o pior do país e o mais superlotado da América Latina. As condições precárias fizeram com que várias alas fossem interditadas, além de uma denúncia feita a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, que emitiu diversas recomendações. No ano passado o pavilão C começou a ser demolido, mas o local ainda abriga quase a totalidade de presos provisórios da região metropolitana de Porto Alegre.

Pavilhão C do Presídio Central sendo demolido
Pavilhão C do Presídio Central sendo demolido
Foto: Claudio Fachel / Palácio Piratini

Mais recentemente os problemas voltaram a ocorrer na Penitenciário de Alta Segurança de Charqueadas, onde presos perigosos tinham acesso a celulares e comandavam crimes como roubo de carros, tráfico de drogas e execuções de dentro da cadeia. Por conta disso, a cadeia foi rebaixada para uma unidade de média segurança.

Neste final de semana um novo episódio voltou a colocar em cheque o controle das autoridades em relação ao que acontece dentro dos presídios por conta do assassinato do traficante Cristiano Souza da Fonseca, conhecido como Teréu, morto por sufocamento no refeitório da Penitenciária de Charqueadas.

Por conta do crime, que tem relações com a disputa pelo controle de pontos de tráfico de drogas, a Justiça gaúcha determinou que os suspeitos da morte fossem transferidos para um presídio federal, onde serão submetidos ao regime disciplinar diferenciado.

Penitenciária de Charqueadas
Penitenciária de Charqueadas
Foto: Neiva Motta / Susepe

Imagens do circuito interno de vídeo do presídio mostram que a ação foi premeditada. Teréu foi rendido pelos presos no refeitório e sufocado com um saco plástico, em uma ação que durou vários minutos. Os suspeitos surfaram ainda em cima do corpo do traficante para comemorar o sucesso da ação.

A Susepe informou que vai apurar porque os agentes penitenciários não agiram para impedir a morte do traficante. Sobre a falta de vagas, a superintendência não se pronunciou até a publicação desta matéria.

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Fonte: Terra
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