RS: Polícia não crê em homofobia em agressão a travesti
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul espera as imagens de câmeras de segurança para tentar identificar os agressores do travesti Nathalia Rios, de 28 anos, na zona leste de Porto Alegre, na madrugada do último sábado. Até a tarde desta quinta-feira, ela permanecia internada em estado grave no Hospital pronto-socorro de Porto Alegre. O delegado Roger Bittencourt, que investiga o caso, não trabalha por enquanto com a hipótese de homofobia.
Nathalia, cujo nome de batismo é Mateus Rolim Pires, voltava de uma festa com um amigo, por volta das 5h30, quando foi agredida brutalmente por dois homens na avenida Bento Gonçalves. No momento da agressão, o amigo da vítima teria atravessado a rua para comprar uma cerveja. Quando voltou, já a encontrou caída no chão e com o rosto desfigurado. Nada foi roubado.
Segundo informações do jornal Zero Hora, mas não confirmadas pelo delegado, a hipótese mais provável é que Nathalia tenha sido espancada por traficantes da rua Paulino Azurenha, na vila Maria da Conceição, no bairro Partenon. Eles teriam recebido a informação de que uma dupla estaria assaltando pessoas na avenida. A surra nos assaltantes seria para dar um “recado” violento e não atrapalhar o fluxo de usuários de droga. Nathalia teria sido confundida com o suposto ladrão. A família crê que ela foi vítima de homofobia. "Meu irmão é trabalhador, estava com todo o salário na carteira", contou Moisés Rolim Pires". Nathalia é técnica em enfermagem e trabalha em uma clínica geriátrica.