RS: taxistas mortos podem ter sido escolhidos previamente, diz delegado
Os três taxistas mortos na madrugada de sábado em Porto Alegre podem ter sido escolhidos previamente, conforme cogita o diretor da Delegacia de Homicídios, delegado Odival Soares, responsável por liderar um grupo de 50 policiais que apura o caso. Segundo ele, os crimes chamam atenção pela sequência rápida dos fatos que vitimou profissionais de uma mesma categoria. "Isso pode indicar que possa ser um assaltante que tenha pré-determinado as vítimas, não se descarta nenhuma hipótese", afirma.
Segundo ele, ainda não há suspeitos, mas estão sendo ouvidas testemunhas e familiares, além dos trabalhos de perícia que estão sendo realizados nos locais onde ocorreram as mortes. "Estamos ainda buscando imagens de câmeras que possam determinar o horário dos fatos", disse o delegado, afirmando que os GPS foram roubados dos veículos, o que prejudica refazer o trajeto do responsável pelas mortes.
Ele diz que polícia averiguou as informações de taxistas que apontavam suspeitos do crime, mas como estavam todos presos, a autoria do crime ainda permanece desconhecida. "É pouco provável que algum deles tenha sido o autor, já que seria difícil ter cometido o crime e voltado para a prisão", afirma Soares.
A polícia afirma que nenhum dos taxistas mortos tinha passagens pela polícia ou relações conhecidas com atividades criminosas. A polícia trabalha com as hipóteses de homicídio ou latrocínio, sendo que a segunda é mais provável já que as vítimas foram roubadas.
A forma como o crime foi praticado em Porto Alegre é considerada inédita na cronologia da crônica policial local, já que se tratam de assassinatos cometidos com uma arma de calibre 22, que não é muito comum em assaltos. O secretário de Segurança Pública, Airton Michels, chegou a dizer que "podemos estar diante de um psicopata".