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Polícia

Secretário de Segurança de SP defende ação da PM em manifestações

14 jun 2013 - 16h11
(atualizado às 16h20)
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<p>Manifestantes denunciaram uso de força excessiva por parte de policiais militares</p>
Manifestantes denunciaram uso de força excessiva por parte de policiais militares
Foto: Bruno Santos / Terra

O secretário de Segurança do Estado de São Paulo, Fernando Grella, reforçou o que o governador Geraldo Alckmin disse minutos antes, em entrevista no Palácio dos Bandeirantes, sobre as manifestações contra o aumento do preço do transporte público na capital paulista. Fernando Grella disse que a polícia cumpriu o papel de acompanhar e garantir condições para que o ato acontecesse. "Esse é o trabalho inicial. O paralelo é evitar e reprimir atos que atentem com a ordem pública", disse.

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O protesto, que reuniu 5 mil pessoas segundo a Polícia Militar (PM), foi o quarto desde o dia 6. Em todas as manifestações houve confronto com a polícia e depredações atribuídas aos manifestantes. A força tática usou bombas de gás e balas de borracha. De acordo com a Polícia Civil, 232 pessoas foram detidas e, deste total, quatro permanecem presas em um Centro de Detenção Provisória.

O secretário disse que não houve orientação para que a polícia agisse com violência e destacou que a situação era complexa. Explicou que sempre há um escalonamento de ações em missões como essa. Fernando Grella garantiu que todas as situações abusivas por parte da PM, que foram relatadas, serão investigadas e, se for o caso, punidas. Ele justificou a ação da polícia devido à mudança de roteiro pré-estabelecido entre a organização e a Polícia Militar.

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"Havia um compromisso de que o movimento permaneceria em um local, mas eles resolveram se deslocar para outro. Isso gerou o desentendimento. O entendimento foi tentado. A polícia nunca vai se furtar de fazer acordos. Não podemos dizer que houve erro de estratégia. A operação era necessária, complexa, de risco, mas não há base para dizer que houve erro."

O comandante da PM da área centro, Reinaldo Simões Rossi, explicou que a liderança do movimento descumpriu os acordos feitos e a mudança de planos obrigou os policiais a pedirem que os líderes realinhassem a posição da manifestação. "Por isso, os manifestantes começaram a jogar objetos contra os policiais e aí começou a ação da Tropa de Choque."

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Cenas de guerra nos protestos em SP

A cidade de São Paulo enfrenta protestos contra o aumento na tarifa do transporte público desde o dia 6 de junho. Manifestantes e policiais entraram em confronto em diferentes ocasiões e ruas do centro se transformaram em verdadeiros cenários de guerra. Enquanto policiais usavam bombas e tiros de bala de borracha, manifestantes respondiam com pedras e rojões.

Durante os atos, portas de agências bancárias e estabelecimentos comerciais foram quebrados, ônibus, muros e monumentos pichados e lixeiras incendiadas. Os manifestantes alegam que reagem à repressão opressiva da polícia, que age de maneira truculenta para tentar conter ou dispersar os protestos.

PM abordava qualquer um que passava na rua, diz jornalista:

Segundo a administração pública, em quatro dias de manifestações mais de 250 pessoas foram presas, mais de 250 pessoas foram presas, muitas sob acusação de depredação de patrimônio público e formação de quadrilha. No dia 13 de junho, vários jornalistas que cobriam o protesto foram detidos, ameaçados ou agredidos.

As passagens de ônibus, metrô e trem da cidade de São Paulo passaram a custar R$ 3,20 no dia 2 de junho. A tarifa anterior, de R$ 3, vigorava desde janeiro de 2011.

Segundo a administração paulista, caso fosse feito o reajuste com base na inflação acumulada no período, aferido pelo IPC/Fipe, o valor chegaria a R$ 3,40. "O reajuste abaixo da inflação é um esforço da prefeitura para não onerar em excesso os passageiros", disse em nota. 

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), havia declarado que o reajuste poderia ser menor caso o Congresso aprovasse a desoneração do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para o transporte público. A proposta foi aprovada, mas não houve manifestação da administração municipal sobre redução das tarifas.

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Agência Brasil Agência Brasil
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