Cerca de 500 bolivianos bloquearam nesta segunda-feira um dos sentidos da Avenida Paulista, no coração financeiro de São Paulo e em frente ao consulado de seu país, para protestar contra o assassinato na sexta-feira passada do menino Brayan Yanarico Capcha, durante um assalto.
Os manifestantes clamavam por justiça com gritos e cartazes e muitos levavam as bandeiras de Bolívia e Brasil, em uma mobilização parecida com a de sexta-feira passada, quando dezenas de imigrantes do país andino fizeram uma vigília com velas nos arredores da delegacia que investiga o caso.
A criança foi morta com um tiro na nuca porque chorava nos braços de sua mãe durante um assalto à sua residência em um bairro pobre de São Paulo.
Três dos quatro assaltantes que invadiram a casa dos bolivianos foram presos no último fim de semana e a polícia intensificou a operação para descobrir o paradeiro de um quarto suspeito, apontado por um dos detidos como o autor do disparo.
Os pais de Brayan, que viviam há apenas seis meses no Brasil, decidiram retornar à Bolívia e levar o corpo para sepultá-lo em seu país.
Sensibilizada pelo caso, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, convocou uma reunião extraordinária para amanhã em João Pessoa (PB) com o objetivo de tratar a situação dos imigrantes bolivianos.
30 de junho - Familiares oram durante o velório do menino Bryan Yanarico Capcha de 5 anos
Foto: Futura Press
30 de junho - O garoto foi assassinado com um tiro na cabeça durante assalto à casa de sua família na madrugada de sexta-feira (28), em São Mateus, na zona leste de São Paulo
Foto: Futura Press
30 de junho - Pais do menino Brayan Yanarico Capcha, de 5 anos, durante velório no Cemitério São Judas, em Guarulhos, Grande São Paulo, na noite deste sábado
Foto: Marcos Bezerra / Futura Press
28 de junho - Tio e pais do menino boliviano Bryan, 5 anos, morto durante tentativa de assalto na zona leste de São Paulo
Foto: Janderson Oliveira / Futura Press
28 de junho - Dezenas de bolivianos fazem protesto pedindo justiça em frente ao 49º DP no Bairro de São Mateus, em São Paulo (SP), após a morte do menino Brayan Yanarico Capcha
Foto: Peter Leone / Futura Press
28 de junho - Crianças bolivianas acendem vela durante protesto em frente à 49º DP
Foto: Gero / Futura Press
28 de junho - O cônsul Geral da Bolívia em São Paulo, Jaime Almanza, acompanha o caso na delegacia
Foto: Gero / Futura Press
1º de julho - A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, convocou nesta segunda-feira uma reunião extraordinária para amanhã, em João Pessoa, com o objetivo de debater a situação dos imigrantes bolivianos no Brasil
Foto: Gabriela Biló / Futura Press
1º de julho - Cerca de 500 bolivianos protestaram e pediram paz na frente do Consulado Geral da República da Bolívia no Brasil, na avenida Paulista em São Paulo, nesta segunda-feira. Manifestação foi promovida após a morte do garoto boliviano Bryan Yanarico Capcha de 5 anos, assassinado durante assalto em São Mateus, na zona leste da capital paulista
Foto: Gabriela Biló / Futura Press
3 de julho - Pai do assaltante Diego Rocha Freitas Campos comparece ao 49° Distrito Policial, em São Paulo, nesta quarta-feira. Diego Rocha é acusado de matar o menino boliviano Bryan Yanarico Capcha, 5 anos, com um tiro na cabeça após invadir a residência onde ele morava com os pais em São Mateus
Foto: Gero / Futura Press
3 de julho - Patrícia Veja, advogada da família do menino Bryan Yanarico Capcha, comparece à 49° DP, em São Paulo. Bryan foi morto com um tiro na cabeça