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Polícia

SP: Choque é acionado para garantir transferência de presos durante greve

A Tropa de Choque da Polícia Militar de São Paulo foi acionada hoje para garantir entrada de presos em Centros de Detenção Provisória do Estado

20 mar 2014 - 13h37
(atualizado às 14h42)
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Tropa de Choque da Polícia Militar invade o Centro de Detenção Provisória (CDP) no Belém
Tropa de Choque da Polícia Militar invade o Centro de Detenção Provisória (CDP) no Belém
Foto: Rodrigo Gazzanel / Futura Press

Soldados da Tropa de Choque da Policia Militar foram acionados para garantir a entrada presos nos Centros de Detenção Provisória (CDPs) de São Paulo em meio à greve dos agentes penitenciários, que chegou nesta quinta-feira ao 11º dia. Os policiais foram acionados no CDP de Belém, na zona leste de São Paulo, nas unidade de Campinas e de São José do Rio Preto, entre outras. Houve resistência por parte dos grevistas, cujo protesto tem prejudicado a transferência de presos desde 10 de março.

Com a greve dos agentes penitenciários de São Paulo, a Secretaria de Segurança Pública decidiu usar escolta da Polícia Civil para transferir presos do CDP. As carceragens das delegacias de trânsito estão lotadas, e não é mais possível o ingresso de qualquer preso no local. Com a escolta policial, segundo a SSP, será possível encaminhar os detentos para o CDP Pinheiros. As informações são da rádio CBN.

No Complexo Penitenciário Campinas-Hortolândia, localizado na divisa entre os dois municípios, policiais retiraram à força os agentes penitenciários em greve que estavam sentados no chão, impedindo a entrada de viaturas com presos, em frente ao CDP. Os grevistas não reagiram e foram levados para outro ponto. Com a liberação a força do acesso a cadeia, viaturas levando 30 detentos puderam entrar.

Campinas

Desde o último dia 10, quando iniciaram a greve, os agentes não deixam entrar os presos em flagrante que estão superlotando a cela anexa ao 2º Distrito Policial, que estava com mais 100 presos onde caberiam 48. A unidade é uma carceragem de triagem e fica no bairro São Bernardo, dentro da cidade.

A ação da Tropa de Choque deixou o clima tenso. As viaturas ficaram perfiladas chamando a atenção. De um outro ponto da pista familiares de presos aguardavam para fazer entrega de alimentos, produtos de higiene e cigarro.

Um grupo de soldados entrou dentro do presidio e outro grupo permanece do lado de fora. O comandante Arquimedes de Sousa, do 48º Batalhão da Policia Militar de Sumaré esteve a frente da ação não se manifestou .

"A greve é aqui fora. O governador é um ditador. Não quer negociar. Coloca policia contra policia", afirmou o diretor do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo (Sindasp), Carlos Rufino. De acordo com ele, devido a truculência da PM, houve a adesão de outros 30 agentes que estavam a serviço e os presos continuam no pátio no ganho de sol. De acordo com ele, não há dialogo para negociar.

São José do Rio Preto

Houve represália por parte dos grevistas no interior de São Paulo. Cerca de 70 agentes penitenciários em greve fazem um cordão humano e impedem neste momento a entrada de aproximadamente 30 presos no Centro de Detenção Provisória (CDP), de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo.

Os presos estão em duas viaturas, que estão do lado de fora do presídio escoltadas por Policiais Militares armados à espera de um acordo entre policiais e agentes grevistas. Em uma assembleia rápida, os agentes decidiram que não receberiam os presos, mas sob intermediação de um delegado, os policiais tentam convencer os agentes a liberar a entrada para deixar os presos.

O policiamento foi reforçado na frente do CDP. As viaturas transportam presos da carceragem da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Rio Preto e da Cadeia Pública de Penápolis, cidade onde a Justiça deu sentença, já transitada em julgado, proibindo a superlotação da unidade, que tem capacidade de 30 presos. A unidade está com 91 presos. Há a expectativa de outros 61 presos cheguem ao CDP na tarde desta quinta-feira, o que deixará a situação ainda mais delicada.

Com a greve no décimo dia, o coordenador regional do sindicato dos agentes penitenciários, Nival Pereira, afirma que os agentes não vão permitir a entrada dos presos, apesar da liminar judicial concedida pela Justiça à Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) impedindo este tipo de bloqueio. “Estamos mantendo os serviços essenciais de alimentação e saúde dos presos, mas mesmo as visitas, que foram realizadas no final de semana passada, por enquanto, não serão liberadas no próximo fim de semana”, disse.

Julgamento adiado

Em Presidente Prudente, a Justiça foi obrigada a adiar um julgamento que estava marcado para esta quarta-feira porque o réu não pôde comparecer à sessão. O réu, que está detido na Penitenciária de Andradina, foi impedido de deixar o presídio por agentes que barraram seu transporte até Prudente. De acordo com a administração do fórum, cerca de 20 audiências deixaram de ser realizadas desde o início da greve em Prudente.

A Secretaria de Administração Penitenciária foi procurada mas não deu retorno ao e-mail enviado pela reportagem.

Governador pede bom senso

Horas antes da ação da Tropa de Choque, o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que esteve nesta manhã na cidade com o prefeito de Campinas Jonas Donizete (PSB), foi questionado sobre a situação da vulnerabilidade dos presídios com a greve dos agentes que atinge a maioria das unidades no interior de São Paulo. Ele garantiu disse que a partir de hoje haveria as transferências mas não detalhou como se processaria isso.

"A partir de hoje vai haver transferências", respondeu Alckmin. "Das quatro propostas apresentadas por eles (os grevistas), três delas foram atendidas. Espero que o bom senso prevaleça", disse o governador.

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Fonte: Especial para Terra
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