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Polícia

SP: família de universitária morta quer pena de 40 anos para motoboy

Julgamento de Sandro Dota pela morte e estupro de Bianca Consoli começa nesta segunda-feira

16 set 2013 - 08h19
(atualizado às 10h50)
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<p>Sandro Dota é suspeito de ter matado a cunhada, Bianca Consoli</p>
Sandro Dota é suspeito de ter matado a cunhada, Bianca Consoli
Foto: Futura Press

O motoboy Sandro Dota começa a ser julgado nesta segunda-feira, no Fórum Criminal de Barra Funda, em São Paulo, no processo a que responde pela morte da cunhada Bianca Consoli, 19 anos, ocorrida em 2011. Sandro é acusado de homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) e estupro. Dota já havia ido ao banco dos réus em julho, mas no terceiro dia do julgamento optou por destituir o seu advogado. Com isso, os trabalhos tiveram de ser cancelados e a nova data foi marcada para esta segunda-feira.

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A universitária foi encontrada morta no dia 13 de março de 2011 no bairro de Parque São Rafael, zona leste da capital paulista. Dota foi preso após um exame de DNA revelar que o material genético encontrado sob as unhas da vítima era compatível com o encontrado na calça do suspeito, usada no dia do crime.

Em agosto passado, por meio de uma carta, escrita no presídio de Tremembé (interior de São Paulo), local em que aguarda o julgamento, Dota confessou ter matado a cunhada, mas segue negando as acusações de estupro contra a jovem. "Eu sabia que era ele desde o início, desde a noite do crime. No velório eu dizia que o assassino estava entre nós. Estava tão evidente que nem precisava ter confessado", disse Luiz Bicudo, tio da vítima, na chegada ao Fórum. "Conversando com nossos advogados esperamos uma pena de mais de 40 anos", falou sobre a expectativa da pena a ser dada ao réu.

A exemplo do primeiro julgamento, caberá à juíza Fernanda Afonso de Almeida a condução dos trabalhos. A acusação será feita pelo promotor Nelson dos Santos Pereira Júnior. Ele critica o fato da defesa admitir que o réu cometeu o assassinato, mas negar o estupro. "A tese da defesa é uma aberração jurídica. Não é comum a defesa adiantar a tese que usará no plenário. Acredito que isso seja uma estratégia, mas o estupro está devidamente caracterizado. Talvez a defesa tente argumentar que o Sandro Dota é um ser imputável, tentando uma redução de pena, mas isso não vai colar", afirmou antes do início do julgamento. 

A condução da defesa do réu é feita pelo advogado criminalista Mauro Nacif, o mesmo que defendeu Suzane Von Richthofen em 2006, condenada por arquitetar a morte dos pais, que foram executadas pelo seu namorado, Daniel Cravinhos, e o irmão dele, Christian Cravinhos. "Ele (Sandro) confessou o homicídio, isso é uma coisa boa para a sociedade. Ele confessou, chorou e pediu perdão para a família. Por causa da mãe dele, ele havia mentido dizendo que não tinha matado ela, mas ele nega o estupro", reforçou.

Assim como no primeiro julgamento, foram convocadas 17 testemunhas. São sete chamadas pela promotoria, uma pela assistência de acusação e nove pela defesa do réu. O júri acontece no plenário 10 do Fórum Criminal da Barra Funda e tem previsão de início para as 10h. O plenário foi reservado por cinco dias para a execução dos trabalhos.

Fonte: Terra
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