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Polícia

SP: investigação busca 'motivação' para morte de PMs, diz delegado

De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, descobrir as motivações para o crime é o principal objetivo da polícia

8 ago 2013 - 17h01
(atualizado às 17h08)
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O delegado geral da Polícia Civil, Luiz Mauricio Blazeck, responsável pela investigação do caso, chega ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP)
O delegado geral da Polícia Civil, Luiz Mauricio Blazeck, responsável pela investigação do caso, chega ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP)
Foto: Eduardo Ferreira / Futura Press

O delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Luiz Mauricio Blazeck, afirmou na tarde desta quinta-feira, em frente à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que o principal objetivo da polícia é descobrir quais foram as motivações do crime que terminou com a morte de dois policiais militares, do filho do casal, e de mais duas parentes das vítimas. O filho do casal, de 13 anos, é considerado pela polícia, até agora, o único suspeito do crime.

"As investigações não estão concluídas. O que estamos atrás é da motivação do crime. É isso o que nos interessa agora. Nós temos onde, quando, como, mas não temos as motivações. E os parentes, as testemunhas formais, indicarão obviamente a possibilidade de ter a motivação", disse ele. Blazeck compareceu ao DHPP para se reunir com os delegados responsáveis pela investigação do caso.

O delegado afirmou ainda que se surpreendeu com a mudança de versão do coronel Wagner Dimas, que disse "ter se perdido" durante a entrevista que deu à Rádio Bandeirantes ontem, em que afirmou que a PM Andréia Pesseghini, encontrada morta na segunda, havia denunciado colegas que participavam de roubos de caixas eletrônicos.

"Da mesma forma que a imprensa se surpreendeu, nós também nos surpreendemos. Porque isso (a informação) não se encontrava na dinâmica do crime propriamente dito. O que não significa que uma coisa não tenha a ver com outra. Pode até ter havido eventualmente aquela situação. Entretanto, é preciso ligar uma coisa com a outra. O que não parece efetivamente que tenha ocorrido", afirmou Blazeck.

O delegado confirmou que, até o momento, o garoto é o único investigado pelo crime. A polícia, até aqui, acredita que ele tenha agido sozinho. "Não é questão fechada. Dependemos dos laudos para comprovar isso. Por enquanto continua a versão inicial."

Chacina de família desafia polícia em São Paulo

Cinco pessoas da mesma família foram encontradas mortas na noite de segunda-feira, dia 5 de agosto, dentro da casa onde moravam, na Brasilândia, zona norte de São Paulo. Entre os mortos, estavam dois policiais militares - o sargento Luis Marcelo Pesseghini, 40 anos, e a mulher dele, a cabo de Andreia Regina Bovo Pesseghini, 35 anos. O filho do casal, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, também foi encontrado morto, assim como a mãe de Andreia, Benedita Oliveira Bovo, 65 anos, e a irmã de Benedita, Bernardete Oliveira da Silva, 55 anos.

A investigação descartou inicialmente que o crime tenha sido um ataque de criminosos aos dois PMs e passou a considerar a hipótese de uma tragédia familiar: o garoto teria atirado nos pais, na avó e na tia-avó e cometido suicídio.

A teoria foi reforçada pelas imagens das câmeras de segurança da escola onde Marcelo estudava: o adolescente teria matado a família entre a noite de domingo e as primeiras horas de segunda-feira, ido até a escola com o carro da mãe, passado a noite no veículo, assistido à aula na manhã de segunda e se matado ao retornar para casa.

Os vídeos gravados pelas câmeras mostraram o carro de Andreia sendo estacionado em frente ao colégio por volta da 1h15 da madrugada de segunda-feira. Porém, a pessoa que estava dentro do veículo só desembarcou às 6h30. O indivíduo usava uma mochila e tinha altura compatível à do menino: ele saiu do carro e caminhou em direção à escola.

Fonte: Terra
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