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Polícia

SP: motoboy é condenado a 31 anos de prisão por estuprar e matar cunhada

17 set 2013 - 18h55
(atualizado às 19h36)
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Motoboy Sandro Dota foi preso após exame de DNA encontrar compatibilidade de material genético encontrado em suas calças e nas unhas da vítima
Motoboy Sandro Dota foi preso após exame de DNA encontrar compatibilidade de material genético encontrado em suas calças e nas unhas da vítima
Foto: Hélio Torchi / Futura Press

O motoboy Sandro Dota foi condenado nesta terça-feira a 31 anos de prisão por ter estuprado e matado sua cunhada, Bianca Consoli, em setembro de 2011. A defesa do réu afirmou que irá recorrer da sentença. 

No total, o motoboy foi condenado a 23 anos de prisão pelo homicídio triplamente qualificado da estudante (motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima) e oito pelo estupro. A pena pela morte de Bianca foi fixada inicialmente em 26 anos, mas, como Sandro confessou a morte da jovem, foi reduzida. 

Em sua sentença, a juíza Fernanda Afonso de Almeida disse que Bianca “foi covardemente agredida e morta, o que causou a desestruturação da família, marcas que jamais serão apagadas”. 

A magistrada afirmou também que Sandro, que nega ter premeditado o crime e também estuprado Bianca, “é uma pessoa dissimulada, manipuladora e maquiavélica”, que “transformou crimes gravíssimos em uma espetáculo circense” por conta dos desdobramentos do caso. 

Promotoria conseguiu provar estupro

O promotor de Justiça Nelson dos Santos Pereira afirmou, nesta terça-feira, que Sandro mentiu ao afirmar que não estuprou a vítima antes de asfixiá-la. 

Bianca Consoli, 19 anos, foi morta e estuprada em março de 2011
Bianca Consoli, 19 anos, foi morta e estuprada em março de 2011
Foto: Reprodução / Futura Press

Ontem, primeiro dia de julgamento, os sete jurados e a juíza Fernanda Afonso de Almeida ouviram oito testemunhas, entre peritos e familiares de Bianca. Por último, já de noite, Sandro confessou o homicídio em interrogatório, mas negou o estupro. O réu já havia admitido a autoria do crime em entrevista pela televisão, além de ter escrito uma carta contando sobre o assassinato.

O membro do Ministério Público explanou por uma hora e meia e afirmou que o motoboy está mentindo novamente, já que no início do processo, em setembro de 2011, o réu negou a prática do crime quando já estava preso. "Arrependimento vem à tona assim que acontecem as coisas. Cuidado quando diz que está arrependido, porque é muito fácil. Quem se arrepende na hora não fica no velório fazendo cena ao lado da família. E vem me falar de arrependimento? Esse sujeito é um ator, dissimula o tempo todo. Ele quer enganar os senhores, se passar por outra pessoa", afirmou Pereira.

Crime premeditado

Pereira afirmou ainda que o crime foi premeditado e voltou a dizer que Sandro assediava Bianca com frequência. "Ele precisa se transformar em vítima, então ele inventa que Bianca o humilhava, que o chamava de pobre. Porém, há indícios de premeditação. A Bianca estava sozinha em casa, a família havia saído para trabalhar cedo. E ele tenta criar álibis. Já tínhamos todos os elementos para mostrar que esses álibis tinham caído por terra", completou o promotor.

Pereira encerrou seu momento no debate mostrando fotos do corpo de Bianca e das lesões provocadas pela luta corporal que teve com o réu antes da morte. O promotor mostrou ainda os exames periciais com lesões que comprovariam o estupro.

Durante toda a explanação da acusação, Sandro Dota permaneceu de cabeça baixa e chegou a chorar em alguns momentos. Em seu interrogatório, o réu também chorou, principalmente ao falar de seu amor por Daiana, irmã de Bianca. Ele disse que mentiu por medo de perder sua mulher.

O assassinato
A universitária Bianca Consoli, 19 anos, foi encontrada morta no dia 13 de março de 2011 no bairro de Parque São Rafael, zona leste da capital paulista. O cunhado dela, o motoboy Sandro Dota, foi preso após um exame de DNA revelar que o material genético encontrado sob as unhas da vítima era compatível com o encontrado na calça do suspeito, usada no dia do crime.

Em agosto passado, por meio de uma carta, escrita no presídio de Tremembé (interior de São Paulo), local em que aguarda o julgamento, Dota confessou ter matado a cunhada, mas nega as acusações de estupro contra a jovem.

Fonte: Terra
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