SP: pais de menina atropelada por jet ski prestam depoimento
- Marina Novaes
- Direto de Bertioga
Os pais de Grazielly Almeida Lames, 3 anos, que morreu atropelada por um jet ski no último sábado em Bertioga, litoral norte de São Paulo, prestam depoimento nesta quinta-feira à Polícia Civil pela primeira vez desde a tragédia. Visivelmente abalada, Cirleide Lames disse ao chegar à delegacia, por volta das 11h30, que espera que a justiça seja feita.
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De acordo com testemunhas, um garoto de 14 anos pilotava o jet ski que atingiu a menina, que brincava na beira do mar acompanhada da mãe. A família de Grazielly mora em Arthur Nogueira, mas passava o Carnaval no litoral paulista.
De acordo com o advogado do jovem, Maurimar Bosco Chiasso, o menino ligou o veículo, que partiu em alta velocidade sozinho e atingiu a criança. O garoto e os pais dele também devem prestar depoimento hoje, em Bertioga.
Segundo o advogado José Beraldo, que representa a família de Grazielly, os pais da vítima estão inconformados com a falta de socorro prestado. "Eles querem saber porque a família dele não ofereceu socorro, não levou a Grazielly para um hospital bom. Ele fugiu e o socorro demorou 40 minutos para chegar", disse o advogado ao Terra.
Segundo Beraldo, a família do garoto ainda não procurou os pais da vítima, "nem para pedir perdão".
O defensor da família do garoto já havia afirmado que eles deixaram a praia por medo, pois havia "um clima de revolta muito grande" no local.
A polícia também quer saber se o garoto pegou o veículo com a autorização de alguém, ou se foi escondido.
Inicialmente, o caso está sendo investigado como homicídio culposo, ou seja, quando não houve intenção de provocar a morte. Entretanto, a polícia não descarta indiciar os responsáveis por homicídio doloso (com intenção), caso seja comprovado que o proprietário do veículo emprestou o jet ski ao adolescente.