SP: polícia apreende duas toneladas de roupas com cocaína

A Polícia Rodoviária Estadual apreendeu, na madrugada desta quarta-feira, cerca de duas toneladas de roupas, sem notas fiscais, suspeitas de estarem engomadas com cocaína. Elas estavam em um caminhão parado em patrulhamento do Tático Ostensivo Rodoviário (TOR) no quilômetro 198 da rodovia estadual Castelo Branco (SP-280), em Pardinho, no interior de São Paulo.

O caminhão levava milho para o porto de Santos quando foi parado na blitz. “Após os patrulheiros pedirem para baixar a lona, eles verificaram que no meio do milho havia 43 fardos de roupas de 50 quilos cada um”, explicou o cabo Galvão, da Polícia Rodoviária. “Em seguida, os rodoviários fizeram o teste com reagentes, que deu positivo”. Ao ser questionado, o motorista do caminhão disse que levaria o milho para Santos, mas as roupas ficariam em São Paulo.

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O uso de roupas engomadas com cocaína é uma nova modalidade usada pelos traficantes para trazer drogas de países vizinhos para o Brasil. Desde o dia 14 de novembro, mais de três toneladas de roupas com cocaína tinham sido apreendidas pela Polícia Rodoviária em blitze nas estradas do interior de São Paulo. A droga era trazida do Paraguai e Bolívia para abastecer traficantes dos grandes centros, como São Paulo, Rio de Janeiro e do Distrito Federal.

PF quer confirmação

Nas apreensões anteriores, as roupas eram trazidas em malas e fardos dentro de ônibus comerciais. A apreensão desta quarta-feira é a primeira em que a polícia paulista apreende grande quantidade de roupas suspeitas.

Desta vez, porém, a polícia, apesar do resultado positivo para o exame, tomou precauções para afirmar que se trata de tráfico de drogas. “Por enquanto ainda, a apreensão é suspeita, porque será feito um exame, laboratorial e mais apurado, pela Polícia Federal”, informou o cabo Galvão.

Segundo ele, amostras de roupas foram levadas para a delegacia da PF em Bauru, cujo laboratório fará os exames de confirmação. “Apesar do teste de reagente ser 99% correto, o delegado da PF acredita haver amaciantes que possam ser confundidos com os produtos químicos de composição da cocaína e teme que o resultado do reagente seja um falso positivo”, contou Galvão.

De acordo com ele, o motorista do caminhão foi liberado, mas o veículo e as roupas continuarão apreendidos até que saia o resultado final dos exames, previsto para ocorrer em 90 dias.