Um professor universitário está sendo acusado de aliciar haitianos em uma igreja que recebe os imigrantes no centro de São Paulo. De acordo com a secretária de Segurança Pública do Estado, o docente, do curso de comércio internacional em uma universidade da região, foi acusado por uma advogada de cobrar taxa para conseguir empregos para os refugiados, que estão instalados na Rua do Glicério, região da Sé, centro de São Paulo.
Em seu depoimento, a advogada afirmou que estava na paróquia Nossa Senhora da Paz recepcionando os imigrantes haitianos que tem chegado à capital. Quando foi procurado por um voluntário da igreja, o rapaz teria notado a presença de um homem, que estaria intermediando a contratação de haitianos por empresários, mediante o pagamento de uma taxa.
A testemunha, em princípio, não confirmou que o educador estivesse agenciando os imigrantes. O docente nega o aliciamento e afirma que estava no local em busca de contatos, a fim de agendar uma visita dos alunos para conhecer a realidade da região.
O professor universitário ainda relatou que, após conversar com um padre, foi abordado por haitianos que perguntaram se sabia de oportunidades de emprego. Ele teria respondido que sim, por ter amizade com empresários, e se colocado à disposição.
O caso foi registrado no 8º distrito policial (DP) do Brás como estelionato e o educador está sendo averiguado.
Imigrantes haitianos que saíram do Acre estão na igreja Nossa Senhora da Paz, em São Paulo
Foto: Alan Morici / Terra
Desde o fechamento do abrigo para haitianos em Brasileia, no Acre, no início deste mês, a igreja, que mantém um centro de acolhimento, vem recebendo uma quantidade muito superior ao que era comum
Foto: Alan Morici / Terra
Hoje teve início um mutirão do MTE para acelerar a emissão de Carteiras de Trabalho dos imigrantes
Foto: Alan Morici / Terra
A Casa do Migrante, centro de acolhida da igreja, tem capacidade para 110 pessoas, e está com 120 estrangeiros. Pessoas de outras nacionalidades, que estavam no abrigo, também continuam no local
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As salas de aula e o salão de festas da paróquia estão servindo de espaços para acolhimento
Foto: Alan Morici / Terra
Representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT), da Justiça Trabalhista e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) fizeram visita técnica, nesta sexta-feira, à igreja
Foto: Alan Morici / Terra
De acordo com o padre Paolo Parise, diretor do Centro de Estudos Migratórios (CEM), desde o último dia 12 chegaram mais de 450 haitianos, metade do total de imigrantes registrados pela paróquia nos primeiros três meses do ano
Foto: Alan Morici / Terra
Grande parte dos haitianos chegou a São Paulo com passagens pagas pelo governo acriano
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Para conhecer a situação trabalhista dos haitianos que estão se deslocando ao interior do Estado, o MPT vai mapear o encaminhamento desses trabalhadores
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Além de refeições e lugares para dormir, os haitianos recebem orientações e encaminhamento trabalhista