O delegado Itagiba Franco, encarregado de investigar a morte que envolveu a família de dois policiais militares e de outros três membros da família na última segunda-feira, em São Paulo, afirmou na tarde desta quinta-feira que uma testemunha informou, em depoimento à polícia, que Marcelo Pesseghini Bovo, 13 anos, foi ensinado pelo pai, o sargento da Rota Luiz Marcelo Pesseghini, 40 anos, a atirar. As investigações policiais indicam que Marcelo teria atirado contra o pai, a mãe, também PM, contra a avó e a tia-avó. Em seguida, teria cometido o suicídio.
Esse PM teria sido o primeiro a chegar ao local do crime e descobrir os corpos das vítimas. O delegado saiu ainda em sua própria defesa, ao afirmar que as investigações estão sendo tocadas de forma honesta, serena e tranquila. Ele disse não entender as críticas "quase nacionais" ao seu trabalho e afirma trabalhar com provas e com a sua intuição de anos como delegado de polícia.
"Eu não estou entendendo essa contestação quase nacional contra o meu trabalho. Enquanto a maior parte das pessoas está se descabelando, eu estou absolutamente sereno (...) Eu estou ciente do que estou fazendo, não estou mentindo. (Tudo) é fundamentado nos autos. Não vou me afastar, não vou inventar qualquer coisa que leve a uma inverdade", disse o delegado.
Apesar das críticas, ele disse entender as contestações. "Essa contestação, tanto da família, quanto da população, é normal. O caso tomou um vulto que ninguém esperava. Não estou me importando. Ouço, assimilo, troco ideia e sigo o que estou acreditando", afirmou.
Ele conta que em nenhum momento disse que as investigações estão concluídas ou perto disso. "Que conclusão? Estamos iniciando o inquérito. É dever dar uma explicação para a família. A família não pode ter em mim e na minha equipe inimigos", explicou. De acordo com ele, essa explicação precisa ser simples, honesta e clara. "Mesmo que (uma possível) conclusão desagrade a família, é melhor ter essa verdade honesta do que uma mentira que se leve para o resto da vida. Pode ser que seja verdade. A investigação está seguindo de forma responsável."
O delegado também pediu que "esqueçam" a foto que foi divulgada após o crime, em que o garoto era franzino e aparecia com cara de criança. "Não leve em conta aquela foto de que ele era criança. Agora, ele tinha mais de 1,6 metros. Não é uma criança de 1 metro de altura", observou.
6 de agosto - A escola onde o menino de 13 anos estudava ficou fechada nesta terça-feira, após o crime na Brasilândia
Foto: Fábio Santos / Terra
5 de agosto - Havia grande movimentação de policiais, peritos e curiosos na casa onde ocorreu o crime
Foto: Edison Temoteo / Futura Press
5 de agosto - O local do crime foi cercado por policiais da Rota e de outros batalhões
Foto: Edison Temoteo / Futura Press
Casal de PMs, filho e mais duas pessoas foram encontrados mortos em casa
Foto: Reprodução / Futura Press
Foto do sargento da Rota ao lado do filho, dentro do batalhão
Foto: Facebook / Reprodução
A PM Andreia Regina Bovo Pesseghini posa para foto com o filho, Eduardo, 13 anos
Foto: Facebook / Reprodução
Andreia e Luis Marcelo eram policiais militares - ele trabalhava na Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota)
Foto: Facebook / Reprodução
A Polícia Civil investiga as circunstâncias do assassinato de cinco pessoas da mesma família na Brasilândia
Foto: Facebook / Reprodução
Andreia publicava fotos da família no Facebook
Foto: Facebook / Reprodução
O casal, o filho, a mãe e a tia de Andreia foram encontrados mortos na casa da família, em São Paulo
Foto: Facebook / Reprodução
6 de agosto - A vizinha Rosimery Teixeira, 50 anos, disse que a família não tinha inimigos
Foto: Fábio Santos / Terra
6 de agosto - Portão da casa onde a família morava no bairro Brasilândia, na capital paulista
Foto: Fábio Santos / Terra
6 de agosto - Polícia aborda vizinhos e familiares para esclarecer chacina em São Paulo
Foto: Fábio Santos / Terra
6 de agosto - Polícia fez segurança para preservar o local do crime na Brasilândia
Foto: Fábio Santos / Terra
6 de agosto - Cachorro da família morta em chacina na capital paulista
Foto: Fábio Santos / Terra
6 de agosto - Cortejo trazendo os corpos de Luis, Andreia, Marcelo, Benedita e Bernardete Oliveira da Silva para o velório chegou às 13h52 no cemitério Gethsêmani Anhanguera
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Os cinco mortos na chacina em São Paulo foram velados no cemitério Gethsêmani Anhanguera, na vila Sulina, no noroeste da capital paulista.
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Velório foi marcado pela comoção de familiares, amigos e colegas de trabalho dos policiais
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Cortejo com corpos chegou escoltado por viaturas da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota)
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Velório em conjunto das vítimas da chacina durante cerca de uma hora
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Familiares e amigos demonstraram muita comoção durante o velório
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Muitos policiais da Rota estiveram no velório
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Polícia trabalha com a hipótese de que o filho do casal, Marcelo, possa ter assassinado os familiares e depois cometido suicídio
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Carros funerários transportaram os corpos do Instituto Médico Legal até o cemitério na rodovia Anhanguera
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Mortos na chacina receberam flores e homenagens durante a despedida
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Muitos policiais da Rota compareceram à despedida do sargento Luis e seus familiares
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Amigos e familiares durante velório da família encontrada morta na segunda-feira na Brasilândia, em São Paulo
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Familiares e policiais militares velam os corpos das cinco pessoas mortas em uma casa na Brasilândia, em São Paulo. Os corpos de Luis Marcelo Pesseghini, 40 anos, Andreia Regina Bovo Pesseghini, 35 anos, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, Benedita Oliveira Bovo, 65 anos, e Bernardete Oliveira da Silva, 55 anos, serão sepultados no cemitério Gethsêmani Anhanguera, na vila Sulina, no noroeste da capital paulista
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Familiares e policiais militares velam os corpos das cinco pessoas mortas em uma casa na Brasilândia, em São Paulo. Os corpos de Luis Marcelo Pesseghini, 40 anos, Andreia Regina Bovo Pesseghini, 35 anos, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, Benedita Oliveira Bovo, 65 anos, e Bernardete Oliveira da Silva, 55 anos, serão sepultados no cemitério Gethsêmani Anhanguera, na vila Sulina, no noroeste da capital paulista
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Familiares e policiais militares velam os corpos das cinco pessoas mortas em uma casa na Brasilândia, em São Paulo. Os corpos de Luis Marcelo Pesseghini, 40 anos, Andreia Regina Bovo Pesseghini, 35 anos, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, Benedita Oliveira Bovo, 65 anos, e Bernardete Oliveira da Silva, 55 anos, serão sepultados no cemitério Gethsêmani Anhanguera, na vila Sulina, no noroeste da capital paulista
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Familiares e policiais militares velam os corpos das cinco pessoas mortas em uma casa na Brasilândia, em São Paulo. Os corpos de Luis Marcelo Pesseghini, 40 anos, Andreia Regina Bovo Pesseghini, 35 anos, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, Benedita Oliveira Bovo, 65 anos, e Bernardete Oliveira da Silva, 55 anos, serão sepultados no cemitério Gethsêmani Anhanguera, na vila Sulina, no noroeste da capital paulista
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Carro funerário seguiu para Rio Claro pela rodovia Anhanguera, escoltado por cerca de 10 viaturas da Rota
Foto: Bruno Santos / Terra
6 de agosto - Bernardete Oliveira da Silva é enterrada em Rio Claro
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Entre os mortos, estavam dois policiais militares - o sargento Luis Marcelo Pesseghini, 40 anos, e a mulher dele, a cabo de Andreia Regina Bovo Pesseghini, 35 anos
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - O adolescente teria matado a família entre a noite de domingo e as primeiras horas de segunda-feira
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - A investigação descartou que o crime tenha sido um ataque de criminosos aos dois PMs e passou a considerar a hipótese de uma tragédia familiar
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Por volta das 15h, quatro corpos (dos pais, da avó e do menino) saíram, sob escolta de viaturas da Rota, em direção à cidade de Rio Claro
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - O cortejo dos corpos foi escoltado por duas viaturas da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota)
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Os corpos dos cinco familiares foram velados sob clima de comoção nesta terça-feira na capela do cemitério Gethsêmani Anhanguera, na vila Sulina, no noroeste da capital paulista
Foto: Fernando Borges / Terra
6 de agosto - Casal de PMs, filho e avó foram enterrados em Rio Claro, no interior de São Paulo
Foto: Bruno Santos / Terra
6 de agosto - Casal de PMs, filho e avó foram enterrados em Rio Claro, no interior de São Paulo
Foto: Bruno Santos / Terra
6 de agosto - Casal de PMs, filho e avó foram enterrados em Rio Claro, no interior de São Paulo
Foto: Bruno Santos / Terra
6 de agosto - Casal de PMs, filho e avó foram enterrados em Rio Claro, no interior de São Paulo
Foto: Bruno Santos / Terra
6 de agosto - Ao fim da cerimônia, vários colegas de profissão dos policiais deixaram o cemitério consternados, e familiares afirmavam não acreditar na versão da polícia de que o garoto teria disparado contra as quatro vítimas e se suicidado
Foto: Bruno Santos / Terra
6 de agosto - O enterro dos quatro, no cemitério Parque das Palmeiras, em Rio Claro, foi reservado apenas aos familiares
Foto: Bruno Santos / Terra
6 de agosto - Os policiais militares Luís Marcelo Pesseghini, 40 anos, Andréia Regina Bovo Pesseghini, 35 anos, o filho do casal, Marcelo Eduardo Pesseghini, 13 anos, e a mãe de Andréia, Benedita Oliveira Bovo, 65 anos, foram enterrados nesta terça-feira, em Rio Claro, no interior de São Paulo
Foto: Bruno Santos / Terra
6 de agosto - O sargento Fábio Pesseguini, irmão de Luiz Marcelo, se emociona durante o enterro dos familiares
Foto: Bruno Santos / Terra
Imagem de câmera de segurança mostra o menino Marcelo após ter estacionado o carro da mãe próximo à escola onde estudava
Foto: Reprodução / Futura Press
8 de agosto - O delegado geral da Polícia Civil, Luiz Mauricio Blazeck, responsável pela investigação do caso, chega ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP)
Foto: Eduardo Ferreira / Futura Press
9 de agosto - Casa onde ocorreu a chacina foi pichada por desconhecidos: "Que a verdade seja dita"
Foto: Renato Ribeiro Silva / Futura Press
16 de agosto - Flores foram deixadas em frente à casa da família
Foto: Daniel Fernandes / Terra
16 de agosto - Muros foram pichados alegando a inocência do adolescente
Foto: Daniel Fernandes / Terra
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Chacina de família desafia polícia em São Paulo
Cinco pessoas da mesma família foram encontradas mortas na noite de segunda-feira, dia 5 de agosto, dentro da casa onde moravam, na Brasilândia, zona norte de São Paulo. Entre os mortos, estavam dois policiais militares - o sargento Luis Marcelo Pesseghini, 40 anos, e a mulher dele, a cabo de Andreia Regina Bovo Pesseghini, 35 anos. O filho do casal, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, também foi encontrado morto, assim como a mãe de Andreia, Benedita Oliveira Bovo, 65 anos, e a irmã de Benedita, Bernardete Oliveira da Silva, 55 anos.
A investigação descartou inicialmente que o crime tenha sido um ataque de criminosos aos dois PMs e passou a considerar a hipótese de uma tragédia familiar: o garoto teria atirado nos pais, na avó e na tia-avó e cometido suicídio.
A teoria foi reforçada pelas imagens das câmeras de segurança da escola onde Marcelo estudava: o adolescente teria matado a família entre a noite de domingo e as primeiras horas de segunda-feira, ido até a escola com o carro da mãe, passado a noite no veículo, assistido à aula na manhã de segunda e se matado ao retornar para casa.
Os vídeos gravados pelas câmeras mostraram o carro de Andreia sendo estacionado em frente ao colégio por volta da 1h15 da madrugada de segunda-feira. Porém, a pessoa que estava dentro do veículo só desembarcou às 6h30. O indivíduo usava uma mochila e tinha altura compatível à do menino: ele saiu do carro e caminhou em direção à escola.
A morte de cinco pessoas de uma família de policiais militares mobilizou a polícia de São Paulo. Após menos de 24 horas de investigação, a polícia já dá como certa a hipótese de que os PMs Luis Marcelo Pesseghini e Andreia Regina Bovo Pesseghini foram mortos pelo filho, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, que teria cometido suicídio em seguida. Além dos três, também morreram a avó e a tia-avó do menino
Foto: Facebook / Reprodução
A estudante Suzane von Richthofen foi presa aos 19 anos, em 2002, acusada de matar os pais, Manfred e Marísia, que não aprovavam o seu relacionamento com o desempregado Daniel Cravinhos. Suzane disse ter permitido que Daniel e seu irmão, Cristian, entrassem em sua casa e matassem seus pais a pauladas enquanto dormiam
Foto: Agência Estado
O publicitário Gil Rugai foi condenado em fevereiro de 2013 a 33 anos e 9 meses de prisão pela morte do pai, Luiz Carlos Rugai, e da madrasta, Alessandra Fátima Tritiño. O júri aceitou como verdadeira a tese de que Gil os matou depois que o pai descobriu um desvio de dinheiro da empresa da família e o expulsou de casa
Foto: Fernando Borges / Terra
Um seguro de vida no valor R$ 1,2 milhão teria motivado Érika Passarelli a planejar a morte do próprio pai, em 2010. De acordo com a polícia, pai e filha organizavam um golpe nas seguradoras para que a quantia pudesse ser recebida por Érika, mas os dois teriam se desentendido. Ela foi presa em 2012, em um bordel do RJ
Foto: Reprodução
Irmão do músico André Canonico, da banda de forró Falamansa, Mauro Canonico foi preso em 2012, suspeito de matar a mãe enforcada em São Paulo. O pai do suspeito contou aos policiais que o filho sofre de problemas mentais, além de ter enfrentado problemas com drogas
Foto: Reprodução
Jorge Toufic Bouchabki e sua mulher, Maria Cecilia, foram mortos enquanto dormiam na véspera do Natal de 1988, na casa onde moravam na rua Cuba, em São Paulo. Na ocasião, o filho mais velho do casal, Jorginho Bouchabki (foto), foi apontado como suspeito, mas não foi a julgamento por falta de provas. Em 2008, o crime prescreveu