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Polícia

SP: Zara faz 'firme repúdio' a denúncias de trabalho escravo

21 set 2011 - 14h29
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Simone Sartori
Direto de São Paulo

Após denúncias de trabalho escravo em oficinas da Zara, o diretor global de relações institucionais do grupo Inditex, do qual faz parte a grife, Jesus Echevarria, será ouvido na tarde desta quarta-feira, em São Paulo, por deputados da Comissão de Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania, da Participação e das Questões Sociais, da Assembleia Legislativa do Estado. De acordo com a assessoria de imprensa da Zara, Echevarria lerá um discurso de 12 páginas aos membros da comissão, na qual destaca "firme repúdio" ao caso.

O texto divulgado pela assessoria de imprensa diz que a presença dos representantes da Zara no local foi motivada por "fatos absolutamente intoleráveis" e alega que a "companhia sofreu uma situação que não foi criada por nós (pela Zara)". O presidente da Zara Brasil, Enrique Huerta, também comparece à sessão.

"(...) Esse fato tem causado um dano irreparável ao patrimônio mais valioso que nós possuímos: nossa reputação e credibilidade de honestidade e justiça em todo o mundo. Por isso, a Inditex entende que só existe uma via para a solução urgente: resolver, corrigir e garantir que tal situação não volte a acontecer no futuro", afirma o texto.

Echevarria diz ainda que a fiscalização realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego os tornou "cientes de que um de nossos fornecedores, do qual o Grupo (Inditex) adquiria um produto acabado, teria desviado a produção para duas subcontratadas não autorizadas". O fornecedor, de acordo com o representante da Zara, seria responsável por 5% do total do grupo Inditex no Brasil. O discurso complementa que as "oficinas irregulares só fabricaram um número reduzido de roupas".

O texto, que afirma que a "principal preocupação neste caso tem sido as pessoas afetadas", informa ainda que a Inditex ofereceu emprego aos trabalhadores lesados na companhia "na área logística ou na comercial, as únicas que a Zara dispõe no Brasil". E completa: "até o presente momento, três delas se dispuseram a aceitar a oferta. As outras três, que eram os donos das oficinas, manifestaram a intenção de continuar trabalhando em suas oficinas".

Além do discurso que será lido pelo diretor, segundo a assessoria de imprensa da Zara, será distribuído aos deputados que compõem a comissão um dossiê informativo com 121 páginas. Por volta das 13h30, Luiz Alexandre de Faria, representante do Ministério do Trabalho e Emprego, iniciou uma apresentação aos deputados onde faz um histórico de outros casos de trabalho escravo no Brasil e a atuação do ministério em casos relacionados. O plenário Pedro I, onde acontece a sessão, está lotado e conta também com a participação de representantes do Sindicato dos Comerciários de São Paulo.

Ministério Público

Luiz Alexandre de Faria, representante do Ministério do Trabalho na sessão da comissão, afirmou que os funcionários das oficinas fiscalizadas recebiam R$ 2 por peça produzida. Outros R$ 2 eram destinados aos responsáveis pela oficina e R$ 2 para despesas do estabelecimento.

Faria afirmou ainda que a Zara está colaborando com o Ministério do Trabalho, mas que a empresa precisa dar uma resposta mais arrojada e "criativa" para o caso.

Fonte: Terra
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