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Polícia

Surto de doença de garganta assusta presas em São Paulo

Testemunhas falam em até centenas de infectadas em um único presídio; governo confirma 150, e afirma que caso foi controlado

20 mai 2019 - 09h00
(atualizado às 09h04)
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Um surto de doença na garganta assustou as presas da Penitenciária Feminina de Sant'Ana, na capital paulista. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), agora se sabe que se tratava de amigdalite bacteriana – os resultados dos exames chegaram.

No começo do mês, porém, não havia certeza da causa. A penitenciária tem cerca de duas mil presas, e a velocidade de contágio da doença assustou detentas e familiares.

Como é comum em situações de medo, informações estavam desencontradas entre as pessoas que vivem o cotidiano do local. O Terra ouviu de funcionários e ativistas com contato com a cadeia estimativas que vairavam de 20 contaminadas até várias centenas.

Em resposta enviada à reportagem no fim da tarde de sexta-feira (17), porém, a SAP confirma 150 infectadas. Teria havido uma retificação na cifra. Uma fonte mostrou ao Terra nota da administração do presídio, elaborada anteriormente, que falava em 210 detentas atendidas com os mesmos sintomas em 6 de maio.

Ainda segundo a SAP, seis das presas apresentavam sintomas mais graves e foram encaminhadas ao Hospital Mandaqui. Lá, foram medicadas antes de voltar à penitenciária de Sant'Ana.

Foram recomendados cuidados como evitar o compartilhamento de canecas. Apesar de não estar superlotado, o presídio tem alta concentração de pessoas.

Também é um lugar bastante fechado, característica dos cárceres. As condições favorecem o alastramento de doenças infecciosas. A informação oficial é de que o caso foi controlado e que não houve vítimas fatais.

Na última sexta, porém, organizações de direitos humanos ainda demonstravam apreensão. Também havia receio, por parte de funcionários da penitenciária, de serem contaminados.

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Fonte: Redação Terra
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