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Polícia

Suspeita de matar filho recém-nascido teve outro bebê que morreu com 39 dias de vida

Thalita Ariel alegou ter encontrado bebê com ‘corpo frio’ após colocá-lo para dormir e caso foi registrado como morte natural na época

8 nov 2024 - 18h12
(atualizado às 18h57)
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Bebê morreu após dar entrada na Santa Casa de Franca (SP) com sinais de violência
Bebê morreu após dar entrada na Santa Casa de Franca (SP) com sinais de violência
Foto: Divulgação

Dois anos antes de ser presa com o marido, sob suspeita de matar o filho recém-nascido, Thalita Ariel Freitas de Camargo, de 25 anos, teve outro bebê que morreu. O caso aconteceu em Franca, no interior de São Paulo, em 2022. O menino nasceu no dia 3 de fevereiro daquele ano, mas morreu após 39 dias, em 12 de março.

De acordo com o boletim de ocorrência, Thalita afirmou que depois de dar banho e colocar o filho para dormir, o encontrou com “o corpo frio”. Ela disse que o menino tinha nascido com problemas respiratórios.

Na época, o caso foi tratado como uma “morte natural”. A polícia registrou que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado e tentou socorrer a criança, mas ela já apresentava sinais de equimose - manchas roxas na pele - e não resistiu.

Prisão por homicídio

Thalita e o marido, o pintor Paulo Ricardo Borges Bernardo, de 22 anos, foram presos na última terça-feira, 5, por suspeita de matar o filho, Micael Benício Freitas Bernardo, de 53 dias de vida. Eles são investigados pelo crime de homicídio qualificado. A investigação ocorre no âmbito da Lei Henry Borel, sancionada em 2022, que considera crime hediondo o assassinato de menores de 14 anos.

Micael morreu menos de uma hora após dar entrada na Santa Casa de Franca, no dia 27 de outubro. 

O bebê chegou por volta das 13h20, com um quadro de parada cardiorrespiratória e hematomas pelo corpo. Exames mostraram uma fratura no crânio, costelas e água no pulmão. A PM foi acionada por suspeita de violência contra a criança.

Thalita informou que havia ido votar no segundo turno das eleições municipais naquele dia, e deixou o filho com o pai. Ela encontrou o filho passando mal ao voltar, chamou uma ambulância e o menino foi levado para a Santa Casa. Paulo alegou que deixou o filho cair acidentalmente enquanto dava banho nele.

Os pais da criança foram presos e permaneceram à disposição da Justiça. O caso é investigado.

Fonte: Redação Terra
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