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Polícia

Suspeita em morte de italiana no CE mentiu, diz polícia

6 jan 2015 - 08h38
(atualizado às 08h41)
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<p>Gaia Molinari estava passeando no Brasil, quando foi morta</p>
Gaia Molinari estava passeando no Brasil, quando foi morta
Foto: Facebook

Em entrevista coletiva na tarde desta segunda, em Fortaleza, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) do Ceará explicou os motivos da prisão temporária da farmacêutica Mirian França de Mello, de 31 anos. Mirian é suspeita pela Polícia Civil do Ceará de envolvimento no assassinato de Gaia Molinari, na Praia de Jericoacoara, no fim de dezembro.

De acordo com a delegada responsável pela investigação, Patrícia Bezerra, o retorno de Mirian para o Rio de Janeiro “inviabilizaria a continuidade das investigações”. A farmacêutica estava com a volta programada para o dia 29 de dezembro, o mesmo dia em que foi presa. A delegada também justificou a prisão com o comportamento da suspeita durante os depoimentos.

“O que eu posso dizer a vocês é que a Mirian mentiu várias vezes ao longo dos seus dois depoimentos. Ela foi submetida a acareação com outras pessoas em Jericoacoara e as afirmações que ela prestou em um primeiro momento não se sustentaram. Ela não soube explicar a razão dessas mentiras”, disse a delegada.

A delegada e o secretário da SSPDS, Delci Carlos Teixeira, rebateram as declarações do advogado de Mirian, Humberto Adami, que disse que a moça estaria incomunicável, sem poder falar com a família. Ambos disseram que Mirian, ao ser presa, teve o direito de ligar para a mãe, mas não quis fazê-lo. “Ela não quis telefonar para a mãe e a Polícia Judiciária não tem ingerência sobre para quem a presa vai telefonar ou não”, acrescentou a delegada.

Teixeira explicou ainda que entrou em contato com a Secretaria de Direitos Humanos do Rio de Janeiro hoje e acertaram um horário para que Mirian pudesse conversar com a mãe. Segundo ele, essa conversa ainda não ocorreu porque Adami convocou uma coletiva à imprensa no mesmo horário.

Patrícia explicou ainda que Mirian está em uma cela separada dos demais presos, como diz a lei, e que a prisão temporária tem duração de 30 dias, prorrogáveis por mais 30. A polícia cearense aguarda para até o dia 15 de janeiro o resultado de exames de DNA e toxicológico da vítima, para auxiliar nas investigações. Não foi encontrado, no entanto, indícios de sêmen no corpo de Gaia, o que afasta, a princípio, a possibilidade de violência sexual por parte de um homem. Segundo a delegada, pelo menos 15 pessoas estão envolvidas no caso.

Gaia chegou a Fortaleza no dia 16 de dezembro e estava hospedada no centro da cidade. Ela viajou até Jericoacoara no último dia 21 e deveria ter retornado no dia 24. O seu corpo foi localizado no dia 25, por volta das 15h.

Agência Brasil Agência Brasil
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