Suspeito morre em troca de tiros com fuzileiros no Rio
Uma troca de tiros envolvendo fuzileiros navais e dois suspeitos de roubo deixou uma pessoa morta na manhã de hoje (15), segundo dia de patrulhamento das Forças Armadas na região metropolitana do Rio de Janeiro.
Segundo o Ministério da Defesa, os militares patrulhavam as imediações da Rodoviária Novo Rio, na zona portuária da cidade, quando houve o confronto. Os suspeitos tentavam roubar uma moto, e apenas um deles estaria armado. Segundo a nota, os militares atiraram apenas contra ele, que foi baleado e morreu no local.
Duas faixas da avenida Brasil foram interditadas para aguardar a chegada da perícia. O caso será investigado por inquérito policial-militar, e o corpo será encaminhado ao Instituto Médico-Legal.
Operação Carioca
O emprego de policiais militares (PM) no Estado do Rio de Janeiro foi anunciado ontem pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, como medida preventiva. Batizada de Operação Carioca, a ação envolve 9 mil militares.
Tropas do Exército foram escaladas para patrulhar a Transolímpica e pontos da avenida Brasil, além da orla de Niterói e áreas de São Gonçalo. Fuzileiros navais foram destacados para o centro e a zona sul do Rio, o que inclui o local do tiroteio registrado hoje.
O deslocamento de tropas federais para o patrulhamento ocorre em um momento em que o Estado lida com protestos de familiares de policiais militares, causando bloqueios em alguns batalhões. O objetivo do reforço é liberar contingente da Polícia Militar para outras atividades.
Segundo a PM, "todos os meios estão sendo usados para colocar policiamento nas ruas nos locais em que há impasse com manifestantes". A PM afirma que busca o diálogo com os manifestantes, que cobram o pagamento de horas extras dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, décimo terceiro salário e prêmios que deveriam ter sido pagos pelo cumprimento de metas.
Os militares das Forças Armadas também vão ficar a postos como força de reserva no policiamento da Assembleia Legislativa do Estado, onde a discussão da privatização da Companhia de Águas e Esgotos e do aumento da contribuição previdenciária de servidores públicos têm motivado protestos frequentes. O policiamento no local já conta com a Polícia Militar e a Força Nacional, e as tropas federais serão "uma terceira linha", segundo Jungmann.