Suspeitos de fazer aborto clandestino no Rio são presos
O falso médico suspeito de fazer o aborto da auxiliar administrativa Jandyra Magdalena dos Santos, de 27 anos, se entregou e foi preso nesta quarta-feira. Carlos Augusto Graça de Oliveira já tinha um mandado de prisão pendente e se apresentou por volta das 11h, acompanhado do advogado, André do Espírito Santo. Além do falso médico, mais uma integrante suspeita de integrar a quadrilha de práticas de abortos e que vem sendo investigada foi presa nesta quarta-feira. Débora Dias Ferreira estava foragida e já tinha passagem pela polícia, quando foi detida em flagrante após a descoberta de uma clínica clandestina, em novembro de 2013.
Carlos Augusto havia se apresentado à polícia na última quarta-feira, mas não pode ter sua prisão executada devido à Lei Eleitoral, que impede prisões cinco dias antes da votação e 48 horas após. Durante este período, as prisões somente podem ser feitas em flagrante. Por este motivo, o falso médico havia prestado depoimento à polícia e foi liberado em seguida.
Jandyra e outras grávidas desapareceram no dia 26 de agosto, na Rodoviária de Campo Grande, quando partiram em direção à clínica clandestina de aborto. Após o desaparecimento, o corpo da jovem foi encontrado carbonizado dentro de um carro em Guaratiba, no dia 27 de setembro, também na zona oeste. Nesta terça-feira, a Justiça negou habeas corpus a dois suspeitos de integrarem a quadrilha responsável pela morte da auxiliar administrativa. Carlos Augusto Graça de Oliveira e mais quatro suspeitos vão responder por aborto, formação de quadrilha, homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Jadir Messias da Silva, outro acusado de participar do grupo, também tem um mandado de prisão e continua foragido.