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Polícia

Testemunha: é muito difícil cavar onde Bernardo foi achado

12 mai 2014 - 19h16
(atualizado em 13/5/2014 às 11h43)
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Cova onde o corpo do menino Bernardo Uglione Boldrini foi enterrado fica às margens do rio Mico, no interior de Frederico Westphalen (RS)
Cova onde o corpo do menino Bernardo Uglione Boldrini foi enterrado fica às margens do rio Mico, no interior de Frederico Westphalen (RS)
Foto: Felipe Franke / Terra

Um soldado da Polícia Militar aposentado foi quem denunciou à Polícia Civil a presença do carro do irmão da assistente social Edelvânia Wirganovicz próximo ao local onde o corpo do menino Bernardo foi encontrado. Segundo o homem, que pediu para não ter o nome revelado, ele viu o carro à noite, por volta das 20h30, “um ou dois dias antes” do assassinato e teve medo que pudesse ser algum bandido. O soldado aposentado ainda diz que duvida que uma mulher, mesmo com equipamento adequado, tivesse força muscular suficiente para cavar um buraco no local.

“É uma terra dura, com muitas raízes de árvore. É muito difícil de cavar”, diz a testemunha. “Com uma pá não cavariam nunca (...) nem um homem ia conseguir. Tem que ter uma cavadeira (instrumento para cavar buracos) boa e fazer força”, diz. Questionado se uma mulher, com o uso de uma ferramenta mais adequada, conseguiria fazer um buraco no local, ele afirma: “mesmo assim, era complicado”.

O irmão da assistente social foi preso suspeito de participação no crime. Evandro teria ajudado a cavar o buraco no qual Bernardo foi enterrado. Edelvânia nega a participação dele. O soldado aposentado explica que conhece Evandro e já havia visto seu carro – um Chevette amarelo. Mas, quando viu o veículo perto de uma propriedade sua, anotou a placa e ligou para a PM para confirmar se era mesmo de Leandro, e ficou aliviado quando a corporação disse se tratar do conhecido. Quando soube do assassinato do menino, lembrou do ocorrido e contou à Polícia Civil. 

A testemunha diz ainda que viu Edelvânia em 6 de abril, dois dias depois do assassinato, no mesmo local, mas por volta das 9h30 e no carro dela – um Siena. Segundo o policial aposentado, questionada sobre o que fazia ali, ela disse que parou para molhar os pés em um rio próximo junto com uma sobrinha que estava com ela. O soldado diz que não é muito comum pessoas pararem naquele ponto para se molhar no rio.

O caso

Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, desapareceu no dia 4 de abril, em Três Passos, depois de – segundo a versão da família - dizer ao pai que passaria o fim de semana na casa de um amigo.

O corpo do garoto foi encontrado no dia 14 de abril, em Frederico Westphalen, dentro de um saco plástico e enterrado às margens do rio Mico. Na mesma noite, o pai, o médico Leandro Boldrini, a madrasta Graciele Ugulini, e a assistente social Edelvânia Wirganovicz foram presos pela suspeita de envolvimento no crime.

Segundo a Polícia Civil, o menino foi dopado antes de ser morto, possivelmente com uma injeção letal.

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Fonte: Terra
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