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Polícia

Tio recua e se nega a opinar sobre autor de chacina: 'não sei quem foi'

Tio de Andreia Pesseghini havia contestado versão de que garoto cometeu crime e se suicidou

12 ago 2013 - 13h58
(atualizado às 14h49)
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<p>Cinco pessoas da mesma família foram encontrados mortos na semana passada, em São Paulo</p>
Cinco pessoas da mesma família foram encontrados mortos na semana passada, em São Paulo
Foto: Facebook / Reprodução

Sebastião de Oliveira Costa, tio de uma das cinco pessoas da mesma família que foram mortas em uma chacina ocorrida na última segunda-feira, em São Paulo, disse nesta segunda-feira que não sabe quem foi o responsável pelo crime. "Não sei quem foi, não vi", disse o homem, que é tio da cabo da Polícia Militar Andreia Regina Bovo Pesseghini, 35 anos. Na semana passada, Sebastião havia falado à imprensa que duvidava da principal linha de investigação da Polícia Civil, que trabalha sob a hipótese de que o filho de Andreia, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, matou a mãe, o pai, o sargento da PM Luis Marcelo Pesseghini, 40 anos, a avó, Benedita Oliveira Bovo, 65 anos, e a tia-avó, Bernardete Oliveira da Silva, 55 anos, antes de cometer suicídio.

Após prestar depoimento à Polícia Civil, Sebastião falou rapidamente com os jornalistas e reclamou do assédio à família depois do crime. "As pessoas estão deixando a família muito triste e chocada. Não temos tempo nem de respirar. Quero ter um pouco de sossego, estamos sofrendo demais. Não podemos nem trabalhar", afirmou ele. "Se eu soubesse quem foi, eu falaria."

Chacina de família desafia polícia em São Paulo
Cinco pessoas da mesma família foram encontradas mortas na noite de segunda-feira, dia 5 de agosto, dentro da casa onde moravam, na Brasilândia, zona norte de São Paulo. Entre os mortos, estavam dois policiais militares - o sargento Luis Marcelo Pesseghini, 40 anos, e a mulher dele, a cabo de Andreia Regina Bovo Pesseghini, 35 anos. O filho do casal, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, também foi encontrado morto, assim como a mãe de Andreia, Benedita Oliveira Bovo, 65 anos, e a irmã de Benedita, Bernardete Oliveira da Silva, 55 anos.

A investigação descartou que o crime tenha sido um ataque de criminosos aos dois PMs e passou a considerar a hipótese de uma tragédia familiar: o garoto teria atirado nos pais, na avó e na tia-avó e cometido suicídio. A teoria foi reforçada pelas imagens das câmeras de segurança da escola onde Marcelo estudava: o adolescente teria matado a família entre a noite de domingo e as primeiras horas de segunda-feira, ido até a escola com o carro da mãe, passado a noite no veículo, assistido à aula na manhã de segunda e se matado ao retornar para casa.

Os vídeos gravados pelas câmeras mostraram o carro de Andreia sendo estacionado em frente ao colégio por volta da 1h15 da madrugada de segunda-feira. Porém, a pessoa que estava dentro do veículo só desembarcou às 6h30 da manhã. O indivíduo usava uma mochila e tinha altura compatível à do menino: ele saiu do carro e caminhou em direção à escola.

Fonte: Terra
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