TJ condena falso padre que trabalhou em igreja por 2 anos
Um homem que se passava por padre da Igreja Católica teve a condenação por estelionato confirmada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Ele foi condenado a um ano e dois meses de reclusão, mas a pena acabou substituída por prestação de serviços à comunidade e pagamento de multa.
Em 2006, o réu apresentou-se à Igreja São Pedro São Paulo como sacerdote da Congregação Salesiano e conseguiu enganar a Diocese de Campo Limpo, na zona sul de São Paulo. Ele afirmou que havia atuado em outras igrejas e o documento provando que havia sido ordenado após o término do seminário não foi exigido. Devido à deficiência de padres na paróquia, celebrou missas, casamentos e batizados por dois anos. Os valores que recebeu por cada sacramento celebrado, somados aos empréstimos que contraiu e que nunca foram pagos, pois usou como garantia seu posto na Igreja, chegaram a mais de R$ 200 mil.
Em seu voto, o desembargador Willian Campos entendeu que o falso padre praticou estelionato ao se aproveitar da confiança dos fiéis, mediante artifício fraudulento, para receber importâncias em dinheiro. “Evidente o dolo do réu que, percebendo a ingenuidade e a confiança das vítimas, aproveitou-se para se locupletar indevidamente” escreveu na sentença.
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