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Polícia

TJ nega habeas corpus ao pai de Bernardo no RS

28 mai 2014 - 21h11
(atualizado às 21h15)
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Corpo do menino Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, que estava desaparecido desde o dia 4 de abril foi encontrado na noite de segunda-feira em Frederico Westphalen (RS). Pai e madrasta foram presos por suspeita de envolvimento na morte
Corpo do menino Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, que estava desaparecido desde o dia 4 de abril foi encontrado na noite de segunda-feira em Frederico Westphalen (RS). Pai e madrasta foram presos por suspeita de envolvimento na morte
Foto: Facebook / Reprodução

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) negou na terça-feira um pedido de habeas corpus impetrado em favor de Leandro Boldrini, preso desde o dia 14 de abril suspeito de envolvimento da morte de seu filho, Bernardo.

Segundo a defesa, não há requisitos legais para a manutenção da prisão. O pedido afirma que não há ameaça à ordem pública e que Gracieli Ugulini, mulher de Leandro acusada de matar o menino, negou participação do marido no caso. A defesa ainda disse que o médico tem desejo de residir em Porto Alegre e pediu que a competência do caso, que está com a comarca de Três Passos, passe à comarca de Frederico Westphalen, município onde o crime ocorreu.

Para o desembargador Nereu José Giacomolli, da 3ª Câmara Criminal do TJ-RS, não há como afastar a legalidade da prisão, tanto pela análise da presença de indícios suficientes de autoria, quanto pela necessidade da custódia processual. O magistrado ainda recusou a transferência de comarca, pois não há evidência de falta de competência de Três Passos para julgar a ação.

Também na terça-feira, o Conselho Regional de Enfermagem do Rio Grande do Sul (Coren-RS) anunciou em nota que abriu processo ético disciplinas contra Graciele, que é enfermeira. O conselho afirma que o processo respeita os princípios de devido processo legal e ampla defesa – como em um julgamento.

Graciele pode sofrer diversas penalidades, de advertência verbal a cassação do direito ao exercício profissional de enfermeira – sendo que esta última cabe ao Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), caso seja acionado ao fim do processo no Coren.

O caso

Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, desapareceu no dia 4 de abril, em Três Passos, depois de – segundo a versão da família - dizer ao pai que passaria o fim de semana na casa de um amigo.

O corpo do garoto foi encontrado no dia 14 de abril, em Frederico Westphalen, dentro de um saco plástico e enterrado às margens do rio Mico. Na mesma noite, o pai, o médico Leandro Boldrini, a madrasta Graciele Ugulini, e a assistente social Edelvânia Wirganovicz foram presos pela suspeita de envolvimento no crime.

No dia 10 de maio, o irmão de Edelvania, Evandro Wirganovicz, também foi preso por suspeita de ter auxiliado na ocultação do corpo de Bernardo. Segundo a Polícia Civil, o menino foi dopado antes de ser morto, possivelmente com uma injeção letal.

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Fonte: Terra
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