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Polícia

Traficante suspeito de agredir jogador do Vasco é preso no RJ

26 mar 2014 - 22h20
(atualizado às 23h57)
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<p>Polícia oferecia R$ 2 mil como recompensa por Menor P</p>
Polícia oferecia R$ 2 mil como recompensa por Menor P
Foto: Reprodução

A Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira Marcelo Santos das Dores, o Menor P, chefe do tráfico no complexo da Maré. Ele foi preso em um apartamento de luxo em Jacarepaguá. Ele estava sozinho e desarmado, estava vestido com um uniforme do Falmengo e não ofereceu resistência à prisão. Segundo a Polícia Federal, Menor P saiu da Maré para evitar ser localizado durante a ocupação da comunidade.

Em nota, o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, afirmou que vai conversar com o superintendente da Polícia Federal do Rio de Janeiro, Roberto Cordeiro, para que o criminoso seja enviado a um presídio federal. 

Menor P é suspeito de envolvimento na agressão ao meio-campista Bernardo, do Vasco da Gama, por traficantes de drogas no Complexo da Maré em abril do ano passado. O motivo seria o envolvimento dele com a namorada de Menor P. O jogador e a mulher foram levados por bandidos até a favela, onde teriam sido amarrados e torturados. A polícia diz que o atleta só se salvou por conta da intervenção de outro jogador não identificado, que foi criado no complexo da Maré. 

Ex-paraquedista do Exército, Menor P estava foragido da Justiça desde 2007, quando recebeu um benefício para deixar o Instituto Penal Plácido Sá de Carvalho, no Complexo Penitenciário de Bangu, e não voltou mais. O traficante havia sido preso em 2003, por associação ao tráfico de drogas.

A polícia oferecia R$ 2 mil de recompensa por informações que levassem ao paradeiro de Menor P. Ele é um dos líderes da facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP), e ascendeu ao comando do tráfico na Maré em 2009, com a prisão de outros bandidos que estavam acima dele no organograma do tráfico local.

Menor P é descrito como bastante disciplinador, segundo informações da inteligência da polícia. Ele utiliza técnicas e conhecimentos adquiridos no tempo em que era paraquedista, e exige uma espécie de treinamento de sua "tropa", com instruções de uso do armamento do bando, e exercícios físicos. Há informações de que o grupo já chegou a agir uniformizado, com todos vestidos de preto. Ainda segundo a polícia, Menor P tem forte poder de convencimento para recrutar novas pessoas para o tráfico de drogas.

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Fonte: Terra
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