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Polícia

Traficantes morrem em confronto com a PM na Grande BH

População era obrigada a ser revistada pelos bandidos sempre ao sair e entrar no bairro.

14 nov 2017 - 11h05
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Dois bandidos foram mortos durante um confronto com a Polícia Militar em Betim, cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte. As vítimas seriam traficantes membros de uma gangue que agia na região do Bairro Jardim das Alterosas. Moradores da área eram obrigados a passar por revista dos marginais quando passavam pelas “bocas de fumo”.

A troca de tiros que culminou com a morte de Wellington Eustáquio Andrade Júnior, de 23 anos e outro homem ainda não identificado aconteceu na noite dessa segunda-feira (13). A polícia foi chamada a partir de denúncias anônimas e fez um cerco na entrada e saída da rua onde os traficantes ficavam. Ao perceber a presença dos militares, os dois atiraram e tentaram fugir por outro acesso, onde outro grupo de policiais permanecia. Mesmo atingidos eles foram socorridos e levados ao Hospital Regional de Betim, mas não resistiram aos ferimentos. Eles estavam armados com dois revólveres, um calibre 32 e outro calibre 38. 

O tenente Vanildo Ferreira informou que os moradores da região se sentiam reféns do bando e eram revistados sempre que saíam ou entravam no bairro. Motoristas tinham que desligar o farol e ligar a luz interna do veículo e motociclistas precisavam tirar o capacete para transitar.

Nenhum militar foi atingido e o policiamento na região foi reforçado para evitar que outros membros da gangue voltem a assustar a população que vive no local.

Bandidos torturam mulheres

No sábado, duas adolescentes foram torturadas por dois homens do Bairro Alto Vera Cruz, na Região Oeste de Belo Horizonte. Elas tiveram o cabelo raspado e foram agredidas depois de postarem fotos em uma rede social dentro de um Centro Espírita na Grande BH.

Os suspeitos foram presos e alegaram que torturaram as duas porque elas estariam “desejando mal ”para a dupla. A reação dos dois é semelhante a adotada por traficante e milicianos cariocas que impõem penas de corte de cabelo a morte a mulheres que desrespeitam a “lei do crime”.

Em agosto, uma jovem de 18 anos teve os braços e punhos quebrados além do cabelo raspado por membros de uma gangue do Aglomerado da Serra, um conjunto de favelas na capital mineira. Os policiais que a resgataram encontraram a jovem ensanguentada com um corte profundo na cabeça e hematomas por todo o corpo. Ela foi espancada numa praça porque teria um relacionamento com um membro de uma gangue rival a que agia na área.

Onze pessoas com idade entre 13 e 30 anos foram detidas e presas após o ocorrido. A polícia encontrou com eles um revólver calibre 38, munição e 123 pedras de crack. 

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