Trio suspeito de estuprar turista no Rio pode pegar 29 anos de prisão
Bandidos usaram uma van de transporte alternativo como isca para raptar vítimas
O delegado Alexandre Braga, titular da Delegacia Especial de Apoio ao Turista (Deat), deu por finalizadas as investigações sobre o sequestro de casal de turistas estrangeiros na zona sul do Rio de Janeiro por um trio de homens. Os bandidos usaram uma van de transporte alternativo como isca para raptar a dupla, roubar seus bens, utilizar seus cartões de crédito e estuprar a jovem. Segundo Braga, eles serão indiciados por roubo, estupro e corrupção de menor (um adolescente teria ajudado a arrecadar os bens das vítimas). A pena máxima para os três indivíduos pode chegar aos 29 anos pelos três crimes.
O último acusado preso foi Carlos Armando Costa dos Santos, 21 anos, capturado na noite de segunda-feira numa comunidade às margens da BR-101, na altura de Manilha, região metropolitana do Rio. Ele não opôs nenhuma resistência e, segundo o delegado, teria admitido participação nos crimes em depoimento. Jonathan Foudakis, 20 anos, e Wallace Aparecido Souza Silva, 22 anos, já haviam sido presos no sábado.
“A maior dificuldade para capturar o terceiro envolvido era que os primeiros dois presos tentaram confundir a investigação. Disseram que o nome dele seria Tiago. Mas juntamos informações suficientes e os três foram reconhecidos pelas vítimas”, explicou o delegado. Braga informou que o jovem turista agredido e roubado pelo trio continua no Brasil, enquanto a sua namorada já voltou para seu país de origem. Os dois estavam no Rio de Janeiro estudando.
O delegado não soube precisar em quantos outros crimes o trio está envolvido. Depois da prisão dos primeiros dois, uma vítima de estupro de Niterói reconheceu os criminosos e houve pelo menos mais uma denúncia de roubo. “Estava com todos os esforços concentrados para capturar os envolvidos e finalizar a investigação. Agora que vamos começar a levantar em quantos outros casos eles podem ter agido também”, disse Braga. Ele informou ainda que cada crime será investigado pela delegacia que receber as denúncias.
A van utilizada nos crimes era alugada de um motorista de transporte alternativo de Niterói e, em princípio, teria autorização para circular apenas na região e não no Rio de Janeiro – o veículo sequer tem a pintura tradicional dos que atuam na capital. O delegado também interrogou o locatário, mas não conseguiu apurar ligação dele com os crimes. “Ele recebia uma diária para ceder a van quando não estivesse trabalhando”, contou o delegado.
O crime ocorreu na noite de sexta-feira para sábado. Os dois turistas estrangeiros tomaram a van na avenida Nossa Senhora de Copacabana e tinham a intenção de ir até a Lapa para se divertir. Mas os três homens os agrediram e se alternaram no estupro da menina e nas agressões ao rapaz enquanto tentavam utilizar seus cartões de crédito. Os dois foram abandonados por volta das 6h de sábado na BR-101, entre São Gonçalo e Itaboraí.