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Polícia

Viúva de Marielle pede a Moro mais empenho em investigação

Mônica Benício se reuniu com o ministro da Justiça e dois delegados da Polícia Federal em Brasília

16 out 2019 - 16h44
(atualizado às 17h15)
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A viúva da vereadora assassinada Marielle Franco se reuniu na tarde da última terça-feira, 15, com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, para pedir mais empenho na elucidação do crime. Marielle e o motorista Anderson Gomes foram assassinados a tiros na noite de 14 de março do ano passado.

Apesar de a Polícia Civil do Rio ter prendido dois suspeitos, o caso ainda não foi esclarecido. Os acusados alegam inocência, e não há pistas seguras sobre o que teria causado o duplo homicídio, nem sobre quem seriam as mandantes dos assassinatos.

Mônica Benício, viúva de Marielle Franco.
Mônica Benício, viúva de Marielle Franco.
Foto: Agatha Gameiro / Frame Photo / Estadão

Mônica Benício se reuniu com Moro e dois delegados da Polícia Federal no ministério, em Brasília. Na véspera, o crime completou 580 dias.

"Ontem estive com o ministro Sérgio Moro e cobrei do governo federal que se manifeste publicamente sobre o crime político que executou Marielle e Anderson", escreveu Mônica na manhã desta quarta-feira, 16, em uma rede social. "O mundo quer saber: quem mandou matar Marielle?"

Ainda segundo a viúva da vereadora, Moro afirmou que tem total interesse em ver o caso esclarecido.

O PM reformado Ronnie Lessa foi preso em 12 de março deste ano, acusado de ser o responsável pelos disparos que mataram a vereadora. A Policia também prendeu o ex-PM Élcio de Queiroz, que estaria dirigindo o carro do assassino.

No último dia 3 de outubro, a polícia prendeu mais quatro pessoas ligadas ao assassino. O grupo é acusado de ter descartado a submetralhadora que teria sido usada por Lessa para matar Marielle e Anderson.

"O grupo teria executado o plano de jogar as armas nas águas da Barra da Tijuca", informou a PM em nota divulgada no dia das prisões. "O armamento foi lançado ao mar dois dias depois das prisões de Ronnie e do ex-PM Élcio de Queiroz."

Na última segunda-feira, quando o crime completou um ano e sete meses, a diretora-executiva da Anistia Internacional no Brasil, Jurema Werneck, reiterou a preocupação da organização com a demora na resolução do caso.

"Esperamos que todos os envolvidos na morte, inclusive seus mandantes, sejam identificados e levados à Justiça", afirmou Werneck em nota. "O recado é claro: nenhum defensor dos direitos humanos está seguro no Brasil enquanto esse caso permanecer impune."

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