Policiais de UPPs terão aulas sobre comunidades em que atuam
Os agentes que trabalharão na futura UPP da Maré, prevista para julho, vão começar o curso em maio
A partir de maio, os policiais militares (PMs) do Rio de Janeiro que trabalham em comunidades com Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) terão aulas sobre a história dos locais onde atuam.
Os primeiros agentes a participar do curso serão os que trabalharão na futura UPP da Maré, que será implantada no local em julho, quando o Exército, que ocupa o conjunto de favelas desde abril do ano passado, deixará a comunidade. A iniciativa é fruto de um convênio entre a Polícia Militar do Rio de Janeiro (PM-RJ) e a prefeitura, que será oficializado ainda este mês.
O curso, que será ministrado pelo Instituto Pereira Passos (IPP), órgão da prefeitura do Rio, tem como objetivo fornecer informações para ajudar os policiais na integração com os moradores. As aulas irão qualificar os agentes com dados sobre as características culturais, geográficas e históricas de cada região para que possam entender melhor as demandas de cada comunidade.
De acordo com o coordenador do Programa Rio+Social do IPP, Pedro Veiga, o projeto nasceu a partir do entendimento de que seria importante compartilhar informações sobre os locais com os agentes públicos.
"O objetivo de tudo é apresentar aos policiais e a corporação as etapas envolvidas na construção das políticas públicas, focando o papel do município nessa história. Apresentar elementos históricos da formação e desenvolvimento desses territórios, como surge determinada comunidade, dados físicos, socioeconômicos e demográficos abrangentes, a população e suas características, além da nossa vivência do dia a dia, que é um olhar diferente que o programa trás", explicou Veiga.
O coordenador do instituto informou que ainda estão sendo feitos estudos para definir os detalhes finais sobre o número de turmas. A previsão é que as aulas tenham início em maio. "O curso está formatado para ser administrado em 36 horas de aulas, mas isso dependerá do tamanho das turmas”, disse.