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Política

"171 e canalha", diz Lula sobre quem ofende autoridades

Em live, o presidente voltou a comentar os ataques direcionados ao ministro Alexandre de Moraes e seus familiares no aeroporto em Roma

25 jul 2023 - 16h56
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Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira, 25, que aqueles que ofendem autoridades e adversários políticos na rua são "171". O mandatário fez essa declaração ao comentar novamente o ataque ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes em Roma, na Itália. 

“Toda vez que você entrar num lugar e alguém te provocar, esse alguém é ‘171′. Pode ter certeza! Se ele for homem ou mulher... Se ele for daqueles grosseiros que vai te xingar, ele é ‘171′, pode saber que ele tem processo. Ele cometeu algum erro, algum crime, ele já foi alvo de processo ou ele é estelionatário, qualquer coisa. Um homem sério e uma mulher séria, se tiver em um restaurante, não vão ofender ninguém”, disse Lula durante o programa "Conversa com o Presidente", sua live semanal no canal do YouTube. 

De acordo com o presidente, caso essa prática se torne comum, os ministros não terão mais tranquilidade. “Se vale a moda desse cidadão que vai xingar o ministro que votou uma coisa que ele não gosta, os ministros não terão mais sossego no Brasil, ou seja, o voto vai ter que ser secreto para que ninguém saiba aquilo que o ministro votou.”

Durante a cerimônia de posse da nova diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC no último domingo, 23, o presidente Lula chamou o suspeito de hostilizar Moraes de "canalha".

“Vocês têm que estar preparados porque nós derrotamos o Bolsonaro, mas não derrotamos os bolsonaristas ainda. Os malucos estão na rua, ofendendo pessoas, xingando pessoas como aconteceu esses dias com Alexandre de Moraes, no aeroporto de Roma, que um canalha não só ofendeu ele, como bateu no filho dele”, disse.

Entenda o caso envolvendo Moraes

No dia 14 de julho, no aeroporto internacional de Roma, na Itália, o ministro Moraes foi hostilizado por um grupo de brasileiros. De acordo com a PF, Andréia Mantovani, ao avistar o ministro, o xingou de "bandido, comunista e comprado", termos frequentemente utilizados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra membros da Suprema Corte.

Em seguida, o marido dela, o empresário Roberto Mantovani Filho, também se juntou aos xingamentos e chegou a agredir fisicamente o filho do ministro, um advogado de 27 anos, com um tapa no rosto.

Outro homem, identificado como Alex Zanatta Bignotto, genro de Roberto, também proferiu palavras de baixo calão contra a família do ministro. Mantovani e Zanatta, ambos empresários do interior de São Paulo, estavam retornando de férias em família na Itália. A Polícia Federal já identificou os agressores.

Na semana passada, os 3 suspeitos foram interrogados na Delegacia da Polícia Federal em Piracicaba, interior de São Paulo. O advogado Ralph Tórtima, representando a família, adotou uma linha de defesa em que classifica o incidente no aeroporto em Roma como "um mal entendido". 

Nesta segunda-feira, 24, o ministro prestou depoimento sobre o ocorrido. De acordo com o magistrado, Roberto e Andréia teriam acusado Moraes de "fraudar as urnas e roubar as eleições".

Fonte: Redação Terra
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